Tumor é 3º câncer frequente em crianças. Recomenda-se o uso de betadine-tuximabe no tratamento do neuroblastoma de alto risco, com incorporação no SUS e cobertura em planos de saúde.
Com as mãos trêmulas e lágrimas nos olhos, Antônio da Silva compartilhou em suas redes sociais a notícia da aprovação do medicamento betadinutuximabe para o tratamento do neuroblastoma de alto risco pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Antônio é pai de Felipe, que luta contra essa condição desde os 6 anos.
A luta contra o câncer infantil é uma batalha árdua, mas a possibilidade de acesso ao betadinutuximabe pelo SUS traz esperança para famílias como a de Antônio e Felipe. Com a recomendação de incorporação do medicamento para o neuroblastoma, mais vidas podem ser impactadas positivamente nessa jornada desafiadora.
Esforço incansável em busca do tratamento de neuroblastoma infantil
Após enfrentar diversas etapas de tratamento e intervenções cirúrgicas, a garota, já com 10 anos, estava necessitando urgentemente do tratamento com o medicamento betadine-tuximabe, com um custo estimado de R$ 2 milhões. Sua mãe utilizou todos os recursos possíveis, desde a busca na internet até aluguel de carros de som e até mesmo acionando a Justiça. Infelizmente, o tempo foi implacável e a menina faleceu em 2023, antes de ter acesso ao remédio.
Avanços no tratamento do neuroblastoma de risco
Laira Inácio destaca a importância da incorporação do betadine-tuximabe ao SUS e como isso pode transformar o cenário do neuroblastoma no país. A aprovação do medicamento no sistema de saúde pública representa uma vitória para todas as crianças que enfrentam essa batalha. Laira expressa sua gratidão e emoção com a notícia, ressaltando que nenhuma criança deve mais sofrer como sua Ana Júlia e outras que passaram pelo mesmo desafio. Seu compromisso com a fundação do Instituto Ana Júlia reflete o desejo de oferecer apoio e recursos para crianças com câncer e doenças raras.
Impacto da recomendação do betadine-tuximabe no tratamento do neuroblastoma
A ginecologista e obstetra Carla Franco também comemora a recomendação de incorporação do betadine-tuximabe ao SUS, ressaltando sua importância no tratamento do neuroblastoma de alto risco. Segundo Carla, a atualização do protocolo terapêutico após uma década e a possibilidade de acesso ao medicamento no sistema público de saúde são marcos significativos para a oncologia pediátrica. A profissional, que também é mãe de uma criança com neuroblastoma, compartilha sua experiência pessoal e a luta pela cobertura do tratamento.
Ampliando o acesso ao betadine-tuximabe para pacientes do SUS
Carla Franco destaca as mudanças advindas com a recomendação de incorporação do medicamento na rede pública, enfatizando que os pacientes do SUS que antes não tinham acesso ao betadine-tuximabe agora poderão contar com o tratamento. A cobertura por parte dos planos de saúde também é assegurada, sem a necessidade de recorrer à Justiça. A ginecologista compartilha os obstáculos enfrentados pela família para garantir o acesso ao medicamento pelo plano de saúde, evidenciando a importância dessa conquista.
Superando desafios e promovendo campanhas em prol do tratamento do neuroblastoma
Beatriz Matos, antropóloga e diretora do Ministério dos Povos Indígenas, mobiliza recursos para auxiliar no tratamento do filho Pedro, que aos 5 anos foi diagnosticado com neuroblastoma. A família enfrenta obstáculos em meio à jornada de tratamentos e buscas por alternativas viáveis para garantir a saúde do pequeno Pedro. A campanha lançada por Beatriz reflete a importância do apoio coletivo e da solidariedade em casos de doenças graves como o neuroblastoma.
Fonte: @ Agencia Brasil