Caso de febre de Oropouche em Pernambuco: transmissão vertical, anomalias congênitas, malformações e abortamento no ciclo selvagem.
A Saúde é um tema fundamental e que merece toda a atenção, principalmente quando se trata de casos delicados como o que foi confirmado recentemente. O Ministério da Saúde (MS) divulgou a notícia de um caso de óbito fetal causado por transmissão vertical de febre do Oropouche, um acontecimento que traz à tona a importância da prevenção e do acompanhamento adequado durante a gestação.
É crucial que as autoridades de Saúde estejam atentas e atuantes para garantir o bem-estar de toda a população. O Ministério da Saúde (MS) está empenhado em investigar e monitorar casos como esse, a fim de evitar que situações semelhantes ocorram no futuro. A Saúde da gestante e do bebê é prioridade e deve ser tratada com todo o cuidado e dedicação necessários.
Saúde e Transmissão Vertical de Oropouche
Segundo o Ministério da Saúde, continuam em investigação oito casos de transmissão vertical de Oropouche: quatro em Pernambuco, um na Bahia e três no Acre. Quatro casos evoluíram para óbito fetal e quatro casos apresentaram anomalias congênitas, como a microcefalia. As análises estão sendo realizadas pelas secretarias estaduais de saúde e especialistas, com o acompanhamento do MS, para concluir se há relação entre Oropouche e casos de malformação ou abortamento. Até o dia 28 de julho foram registrados 7.286 casos de Oropouche, em 21 estados brasileiros, com a maioria dos casos no Amazonas e em Rondônia. Um óbito em Santa Catarina está em investigação, enquanto os dois primeiros óbitos pela doença no país foram confirmados recentemente, em mulheres do interior da Bahia, com menos de 30 anos e sem comorbidades, mas com sinais e sintomas semelhantes a um quadro de dengue grave.
Transmissão e Ciclo Silvestre de Oropouche
A transmissão do vírus Oropouche ocorre principalmente por meio do vetor Culicoides paraensis, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora. No ciclo silvestre, bichos-preguiça e primatas não humanos atuam como hospedeiros, com possíveis aves silvestres e roedores também participando. O vírus foi isolado em outras espécies de insetos, como Coquillettidia venezuelensis e Aedes serratus. No ciclo urbano, os humanos são os principais hospedeiros, com o mosquito Culex quinquefasciatus, conhecido como pernilongo, também podendo transmitir o vírus.
Monitoramento e Orientações do Ministério da Saúde
O MS tem monitorado a situação do Oropouche no Brasil em tempo real, por meio da Sala Nacional de Arboviroses, e em breve publicará o Plano Nacional de Enfrentamento às Arboviroses, incluindo dengue, zika, chikungunya e Oropouche. As orientações abrangem análises laboratoriais, vigilância e assistência em saúde para gestantes e recém-nascidos com sintomas compatíveis com Oropouche. A nota técnica do Ministério da Saúde conterá recomendações de medidas de proteção para evitar a exposição às picadas de insetos, incluindo o uso de roupas compridas, sapatos fechados e repelentes. Medidas de proteção coletiva, como limpeza de terrenos e uso de telas em portas e janelas, também serão reforçadas. A orientação é que as pessoas busquem atendimento nas unidades de saúde ao apresentarem sinais e sintomas como febre, dor de cabeça, dor muscular, tontura, náuseas e vômitos.
Fonte: @ Agencia Brasil