Auditores interditaram setor de circulação de trabalhadores do pátio do aeroporto. Inspeção resultou em medidas emergenciais pela concessionária responsável.
A fiscalização realizada pelos auditores fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego resultou na interdição de uma área do Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, devido ao risco iminente de acidentes e mortes no local. A ação dos auditores foi necessária para garantir a segurança dos trabalhadores envolvidos na limpeza, movimentação de bagagens e abastecimento de aeronaves do pátio do aeroporto.
Os auditores fiscais são responsáveis por verificar o cumprimento das normas de segurança e saúde no trabalho, garantindo que as empresas estejam em conformidade com a legislação vigente. A atuação dos auditores é fundamental para prevenir acidentes e garantir um ambiente de trabalho seguro para todos os colaboradores envolvidos nas atividades do aeroporto.
Fiscalização intensificada após tragédia em Congonhas
Uma fiscalização rigorosa ocorreu na última quinta-feira (4) no Aeroporto de Congonhas. Os auditores fiscais que participaram da inspeção afirmaram que as condições encontradas exigem uma ação firme por parte da fiscalização trabalhista. O passeio do pátio de Congonhas, objeto da interdição, é considerado um importante eixo de trânsito para os trabalhadores do aeroporto. Essa situação levou o Sinait (Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho) a se pronunciar sobre a necessidade de medidas emergenciais para garantir a segurança no local.
Tragédia anterior alertou para a necessidade de fiscalização
No ano passado, uma funcionária da limpeza, Enisete de Fátima Gabriel, de 54 anos, morreu na área interditada do Aeroporto de Congonhas. Ela foi atingida por um caminhão de abastecimento e, apesar de ter sido socorrida, não resistiu aos ferimentos. Os auditores fiscais destacam que Enisete estava dentro dos limites da faixa pintada no chão destinada a pedestres, o que levanta questões sobre a segurança no local e a necessidade de fiscalização constante.
Concessionária sob pressão para cumprir medidas emergenciais
Em outubro de 2023, o grupo espanhol Aena assumiu a administração de Congonhas, três meses após a trágica morte de Enisete. Como a concessionária responsável pelo aeroporto, a Aena está sob o escrutínio da fiscalização trabalhista. O UOL procurou a concessionária para obter posicionamento sobre as medidas adotadas em resposta à fiscalização, mas aguarda retorno.
A circulação de trabalhadores no Aeroporto de Congonhas só será liberada pela fiscalização trabalhista quando forem comprovadas, pela concessionária responsável, a adoção efetiva das medidas emergenciais determinadas pelos Auditores Fiscais. Uma dessas medidas inclui a instalação de proteções coletivas para reduzir o risco de acidentes e atropelamentos no local.
Fonte: © Notícias ao Minuto
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