Laudo médico indica que na rede pública, quatro medicamentos não controlaram crises convulsivas da criança.
A Justiça Federal de Joinville/SC decidiu que o canabidiol deve ser fornecido para uma criança de quatro anos que sofre de paralisia cerebral, encefalocele, hidrocefalia, tetraparesia espástica e crises epiléticas refratárias. A criança está em tratamento para epilepsia desde o nascimento e agora terá acesso ao canabidiol para auxiliar em seu quadro clínico.
O canabidiol é um remédio que tem se mostrado eficaz em casos como esse, proporcionando alívio e melhora na qualidade de vida dos pacientes. A decisão da Justiça em garantir o fornecimento do canabidiol para a criança demonstra a importância do acesso a tratamentos inovadores e promissores para condições de saúde complexas.
Canabidiol: Um Remédio à Base de Canabidiol
As crises de convulsão, apesar de todos os esforços, não foram controladas pelos medicamentos convencionais fornecidos pelo SUS. Infelizmente, esses medicamentos acabaram agravando a situação da criança, causando sonolência e tremores, tornando a busca por uma solução ainda mais urgente. Foi então que a médica responsável pela criança prescreveu um medicamento inovador à base de canabidiol, que poderia ser a chave para o tratamento eficaz das convulsões.
No entanto, para surpresa e desespero da família, o acesso ao remédio à base de canabidiol foi negado administrativamente na rede pública de saúde. Diante dessa situação desafiadora, a família se viu diante de um dilema: como garantir o tratamento adequado para a criança sem recursos para arcar com o custo mensal estimado de até R$ 3 mil na rede particular?
Após uma longa batalha judicial, finalmente uma luz no fim do túnel: uma determinação judicial garantiu que o remédio à base de canabidiol será fornecido pelo SUS à criança com paralisia cerebral. Essa decisão representa não apenas uma vitória individual, mas também um marco importante na luta pela garantia do acesso a tratamentos inovadores e eficazes.
A defensora pública Federal Carolina Balbinott Bunhak, uma verdadeira defensora dos direitos dos mais vulneráveis, foi fundamental nesse processo. Ela ressaltou a importância vital do medicamento à base de canabidiol para melhorar a qualidade de vida da criança e seu desenvolvimento, destacando a necessidade urgente de garantir o acesso a essa terapia inovadora.
Carolina também enfatizou que, apesar de vários outros medicamentos, incluindo antiepilépticos, terem sido testados, as crises de convulsão persistiram, evidenciando a necessidade de uma abordagem diferente e mais eficaz. A vulnerabilidade econômica da família, que impossibilitava a compra direta do medicamento, foi um dos principais argumentos que levaram a Justiça a intervir e garantir o acesso da criança ao tratamento adequado.
O juiz responsável pelo caso reconheceu a importância da jurisprudência em casos excepcionais como esse, permitindo o fornecimento do medicamento à base de canabidiol para o tratamento de epilepsias de difícil controle, como a da criança assistida pela DPU. Essa decisão não apenas representa um alívio para a família, mas também estabelece um precedente importante para garantir o acesso a tratamentos inovadores e eficazes para aqueles que mais precisam.
Fonte: © Migalhas