Jovens ativistas falam sobre expectativas de que demandas das periféricas sejam ouvidas e colocadas em prática por grupos de atividades autogestionadas.
O G20 Social é um momento inovador na história do G20, que visa trazer a sociedade para dentro do processo decisório da cúpula de líderes. Com o objetivo de “incluir” a sociedade nas discussões, essa iniciativa foi desenvolvida ao longo de quase um ano por movimentos sociais e lideranças.
Em seu primeiro dia, foram apresentadas e discutidas 230 propostas, muitas delas desenvolvidas pela sociedade civil e pelas redes sociais. Durante a noite, os líderes do G20 Social reúnem para debater e votar as propostas. Essa maneira de pensar teve como referência o modelo do G20, que já traz a sociedade para dentro da cúpula de líderes. A ideia não é apenas incluir a sociedade, mas também garantir que as propostas sejam implementadas.
G20 Social: Participação Popular e Desafios
No Espaço Kobra, na região portuária do Rio de Janeiro, acontecem atividades autogestionadas do G20 Social, promovendo participação popular na cúpula de líderes mundiais. Essa abertura é um avanço, mas a implementação das propostas discutidas pelos grupos de engajamento é incerta.
Pressão Política e Presença Periférica
A pressão política e a efetiva presença periférica nas decisões são fundamentais para garantir a implementação das demandas da periferia. Isso é especialmente importante, dado que as demanda periféricas não podem ser esquecidas.
Desafios e Possibilidades
Para que as vozes da periferia cheguem aos tomadores de decisão, é necessário que haja pressão política sobre as propostas do G20 Social. Se não houver essa pressão, é provável que as propostas não sejam implementadas. O jovem líder Mateus Fernandes reforça essa ideia, lembrando que a solução proposta deve ter impacto no seu bairro.
Participação Periférica e Implementação
O engenheiro de alimentos Gaio Jorge é um exemplo de participação periférica no G20 Social. Ele representa o PerifaLAB, uma rede de aceleração de lideranças periféricas. Gaio Jorge acredita que a periferia pode ter uma voz no G20, mas que a implementação das demandas é um desafio.
Justiça Climática e Desafios
A bióloga Thaynara Fernandes leva a pauta da justiça climática ao Grupo de Engajamento do G20, destacando a necessidade de pressão política para que as demandas sejam implementadas. Ela lembra que a periferia acaba tendo a conta mais pesada da crise climática e que a justiça climática é uma questão fundamental para a periferia.
Implementação e Execução
A execução das soluções apresentadas pelos grupos de engajamento do G20 Social é um desafio. A garantia de implementação é muito pouca, e as demandas periféricas precisam de pressão política e de mais gente para serem implementadas. O exemplo de Gaio Jorge sobre a luta contra a discriminação LGBT no Brasil e na Arábia Saudita na mesa do G20 destaca a complexidade desse processo.
Fonte: @ Terra