Rubens Ometto, do grupo Cosan, criticou o novo arcabouço fiscal, defendendo mudanças na reforma tributária e nas normas aprovadas.
O empresariado brasileiro está em destaque no cenário econômico atual. Em recente evento no Guarujá (SP), o presidente do grupo Cosan, Rubens Ometto, fez críticas ao novo arcabouço fiscal, afirmando que o governo federal está impactando negativamente o empresariado com a reforma tributária. Segundo Ometto, as medidas adotadas estão afetando diretamente a atuação do empresariado no país.
As declarações de Rubens Ometto ecoaram entre os empresários presentes no Fórum Esfera Brasil. O debate sobre a tributação e seus efeitos no empresariado ganhou relevância, evidenciando a preocupação do setor com as mudanças propostas pelo governo. É fundamental que os empresários estejam atentos e engajados em discussões que impactam diretamente seus negócios e o cenário econômico como um todo.
O empresariado e as mudanças no arcabouço fiscal
O debate realizado no segundo dia do Fórum Esfera Brasil, no Guarujá, contou com a presença do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, do presidente do Tribunal de Contas da União, ministro Bruno Dantas, e do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. Durante o evento, foi discutida a reforma das normas tributárias e das regulamentações, com o intuito de aumentar a arrecadação. Um dos empresários presentes, Ometto, expressou sua preocupação com o arcabouço fiscal aprovado no ano anterior, alegando que ele favorece o aumento dos gastos do governo em detrimento da redução da dívida pública, o que contribui para a manutenção dos juros elevados.
Para Ometto, a abordagem adotada pelo governo vai de encontro ao estímulo ao empresariado, que ele considera ser uma via mais econômica e eficiente para o crescimento do país. Ele criticou as constantes mudanças nas normas tributárias, citando exemplos como as alterações no Carf, nas regras de aproveitamento do ágio em aquisições, no crédito presumido do IPI, no uso do crédito do PIS/Cofins e na desoneração da folha de pagamento. Segundo ele, tais medidas não refletem a verdadeira intenção do legislador, mas sim uma abordagem punitiva em relação ao empresariado.
Ometto também levantou a questão do crime organizado assumindo o controle de postos de combustíveis e usinas de etanol, sem apresentar evidências concretas. Durante sua fala, recebeu aplausos do presidente do TCU, Bruno Dantas, que compartilhou sua preocupação com o conflito entre o Executivo e o Legislativo em relação aos benefícios fiscais e à reposição orçamentária. Dantas ressaltou a necessidade de encontrar soluções para cobrir os déficits orçamentários de forma democrática e transparente.
Fonte: © Conjur
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