Camilo Santana apela a grevistas para voltarem ao trabalho. Proposta de gestão será levada à assembleia por entidades representativas.
O governo apresentou hoje aos professores das universidades federais em greve a revogação de duas normas da administração anterior, atendendo a uma antiga reivindicação da categoria. Esse foi o progresso alcançado na reunião de hoje com os educadores. No entanto, a paralisação persiste. Segundo os sindicatos que representam os professores, a sugestão do governo será discutida em assembleia.
Os docentes estão atentos às mudanças propostas pelo governo e esperam que essas medidas contribuam para melhorias na administração das universidades. A expectativa é que a discussão em assembleia traga mais clareza sobre os próximos passos a serem tomados. A comunicação entre as partes tem sido fundamental para o andamento das negociações.
Avanço na reunião do governo para o término da paralisação
O governo, em sua administração atual, demonstra confiança em um desfecho próximo da paralisação que tem afetado diversas entidades educacionais. As normas em questão, propostas para revogação pelo governo, incluem a portaria nº 983/2020 do MEC, que estabelecia uma carga horária mínima de 15 horas semanais de aula para os professores das escolas técnicas, e a Instrução Normativa nº 6 de 2022, que limitava a progressão funcional de docentes.
Gestão anterior e avanços propostos pelo governo
Em um pronunciamento, o ministro da Educação, Camilo Santana, destacou os esforços do governo anterior do presidente Lula em conceder um reajuste de 9% no primeiro ano de gestão, após um período sem ajustes salariais. Desde então, o governo atual tem promovido avanços significativos, reabrindo mesas de negociações e oferecendo melhorias históricas. Os reajustes propostos variam de 23 a 46% até 2026, incluindo os 9% programados para 2023.
Entidades que representam e próximas assembleias
O histórico da greve revela que pelo menos 54 universidades, 51 institutos federais (IFs) e o Colégio Pedro II permanecem em greve desde abril, conforme levantamento do g1. Professores e servidores dessas entidades reivindicam a reestruturação de carreiras, recomposição salarial e orçamentária, além da revogação de normas implementadas nos governos anteriores de Temer e Bolsonaro.
Segundo o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andres), há uma defasagem salarial de 22,71% acumulada desde 2016, sendo essencial uma reposição que leve em consideração essa diferença. Os níveis de paralisação variam, com adesão de professores e técnicos-administrativos em algumas instituições, enquanto em outras apenas um dos grupos está paralisado. Nos institutos federais, a greve afeta pelo menos 400 campi em todo o país.
Fonte: © G1 – Globo Mundo