Paralisação de funcionários em cidades como Nova York, Atlanta e São Francisco, afeta instalações da empresa, segundo sindicato. Contrato coletivo de trabalho é foco da greve de trabalhadores.
Os funcionários da Amazon realizaram uma Greve em sete instalações nos Estados Unidos da América, onde saíram do trabalho mais cedo na quinta-feira (19), durante o período de compras de fim de ano.
Esse movimento foi uma forma de pressionar o varejista a negociar contratos com o sindicato de trabalhadores. Essa Greve foi uma tentativa de chamar a atenção da empresa para as condições de trabalho. Com a Paralisação, os funcionários da Amazon buscaram reivindicar melhores condições de trabalho e salários mais justos.
Greve de trabalhadores da Amazon causa interrupção em operações de entrega
Funcionários de depósito da Amazon em cidades como Nova York, Atlanta e São Francisco estão participando de uma greve contra a empresa, de acordo com o sindicato International Brotherhood of Teamsters. A greve é uma resposta à falta de negociações sobre o contrato coletivo de trabalho e melhores condições de trabalho.
A Amazon, no entanto, afirma que não espera nenhum efeito em suas operações durante um dos períodos mais movimentados do ano. Os sindicatos representam cerca de 1% da força de trabalho horária da Amazon, o segundo maior empregador privado do mundo. O sindicato havia dado à Amazon um prazo até 15 de dezembro para iniciar as negociações, mas com o fim do prazo, trabalhadores do depósito votaram para iniciar a greve.
‘Se seu pacote atrasar durante as férias, você pode culpar a ganância insaciável da Amazon’, disse o presidente do International Brotherhood of Teamsters, Sean O’Brien. ‘Demos à Amazon um prazo claro para vir à mesa e fazer o que é certo pelos nossos membros. Eles ignoraram. Esta greve é deles.’
Em resposta, um porta-voz da Amazon disse que o sindicato ‘intencionalmente enganou o público’ e ‘ameaçou, intimidou e tentou coagir’ funcionários e motoristas terceirizados a se juntarem à greve. Observadores disseram que era improvável que a Amazon viesse à mesa para negociar, pois isso poderia abrir a porta para mais ações sindicais.
A Amazon respondeu aos recentes esforços de organização com desafios legais. A empresa apresentou objeções ao Conselho Nacional de Relações Trabalhistas (NLRB) sobre uma votação sindical de 2022 em Staten Island, alegando parcialidade entre os funcionários da agência. A empresa também contestou a constitucionalidade do NLRB em um processo federal em setembro.
No início deste ano, a empresa anunciou um investimento de US$ 2,1 bilhões para aumentar os salários dos funcionários de distribuição e transporte nos EUA, aumentando os salários-base dos funcionários em pelo menos US$ 1,50 para cerca de US$ 22 por hora, um aumento de aproximadamente 7%.
Correria das compras e protesto
A greve da Amazon coincide com a correria das compras de Natal, um dos períodos mais movimentados do ano para a empresa. Os trabalhadores da Amazon estão protestando contra as condições de trabalho e exigindo melhores salários e benefícios.
A greve também é um reflexo das relações trabalhistas tensas entre a Amazon e seus funcionários. A empresa tem sido criticada por suas práticas de trabalho e condições de segurança nos armazéns.
A Amazon emprega mais de 800.000 pessoas em seus armazéns nos EUA e tem mais de 600 centros de distribuição, estações de entrega e outras instalações no país. A empresa é conhecida por sua eficiência e velocidade de entrega, mas os trabalhadores estão exigindo mais respeito e melhores condições de trabalho.
A greve da Amazon é um exemplo de como os trabalhadores estão se organizando para exigir melhores condições de trabalho e mais respeito. A luta dos trabalhadores da Amazon é um reflexo das tensões crescentes entre os trabalhadores e as empresas em todo o mundo.
Fonte: © G1 – Tecnologia