Representante do Hamas informou à Reuters que autoridades israelenses impuseram condições de saúde durante fase de negociações.
O Hamas concordou com uma oferta dos Estados Unidos (EUA) para iniciar conversações sobre a libertação de reféns israelenses, 16 dias após a primeira etapa de um acordo visando encerrar o conflito em Gaza, conforme informou uma fonte de alto escalão do Hamas à Reuters no último sábado (6).
Em paralelo às conversações em andamento, o grupo está aberto a negociações adicionais para garantir a implementação efetiva do acordo e avançar nas tratativas de paz na região, afirmou a mesma fonte do Hamas. A expectativa é que esses diálogos contribuam significativamente para a estabilidade na área e para o fortalecimento das relações entre as partes envolvidas.
Conversações em Andamento: Novos Desenvolvimentos nas Negociações de Paz
O grupo militante islâmico ajustou sua postura nas tratativas de paz, retirando a exigência inicial de um cessar-fogo permanente como condição prévia para assinar o acordo. Agora, eles concordaram em permitir que as negociações avancem gradualmente, com a possibilidade de chegar a um cessar-fogo durante a fase inicial de seis semanas, revelou uma fonte confidencial à Reuters.
Uma autoridade palestina envolvida nas negociações mediadas internacionalmente expressou otimismo em relação à proposta, sugerindo que poderia levar a um acordo-quadro abrangente que encerraria os nove meses de conflito entre Israel e o Hamas em Gaza. Por sua vez, uma fonte ligada à equipe de negociação israelense destacou a existência de uma oportunidade real para alcançar um entendimento mútuo.
Essa mudança de postura marca um contraste significativo em relação às condições anteriormente impostas pelo Hamas durante o conflito em Gaza. Enquanto isso, um porta-voz do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, ainda não se pronunciou sobre o assunto, mantendo-se em silêncio durante o Sabá judaico.
Na última atualização, o gabinete israelense confirmou a continuidade das conversações na semana seguinte, ressaltando, no entanto, que persistem diferenças significativas entre as partes envolvidas. O saldo humano do conflito já é alarmante, com mais de 38 mil palestinos perdendo a vida, de acordo com as autoridades de saúde de Gaza, desde o início dos ataques do Hamas em 7 de outubro, resultando em 1.200 mortes e cerca de 250 reféns, conforme dados oficiais israelenses.
A nova proposta visa garantir um cessar-fogo temporário, a entrega de ajuda humanitária e a retirada das tropas israelenses, enquanto as negociações indiretas continuam a avançar para a implementação da segunda fase do acordo, conforme informou a fonte do Hamas.
Os esforços diplomáticos para alcançar um cessar-fogo e a libertação dos reféns em Gaza estão em pleno vapor, com intensas negociações entre Washington, Israel e Catar, este último liderando os esforços de mediação a partir de Doha, onde a liderança exilada do Hamas está sediada.
Uma fonte regional revelou que o governo dos EUA está empenhado em garantir um acordo antes das eleições presidenciais de novembro, destacando a urgência e a importância das conversações em curso para a estabilidade da região.
Fonte: @ Agencia Brasil