Aumento de apostas em corte de juros nos EUA animou investidores, tornando mercados emergentes como o Brasil mais atrativos, um importante indicador para a carteira de capitais.
Após uma semana marcada por altos e baixos, com a divulgação de indicadores econômicos importantes tanto no Brasil quanto no exterior, e a decisão de corte de juros no Banco Central Europeu (BCE), o Ibovespa conseguiu manter-se estável e recuperar o sinal positivo no acumulado do ano, que havia sido perdido temporariamente no pregão de quinta-feira. Essa recuperação foi um alento para os investidores.
No entanto, a Bolsa brasileira ainda enfrenta desafios, e o Ibovespa, como principal índice da Bolsa de Valores, precisa continuar a se adaptar às mudanças econômicas globais. A volatilidade do mercado é um fator que pode afetar o desempenho do Ibovespa, mas, por enquanto, o índice parece estar em uma trajetória de recuperação. A confiança dos investidores é fundamental para o sucesso do mercado.
O Ibovespa e a Bolsa Brasileira: Uma Análise do Mercado
A Bolsa brasileira experimentou um aumento significativo, impulsionada pelo otimismo global em relação ao corte de juros nos Estados Unidos. Com a expectativa de uma redução mais agressiva de meio ponto, os investidores se mostraram animados. Isso ocorre porque, quando maior o corte, menos atrativa se torna a renda fixa americana e mais atraentes se tornam os investimentos em mercados mais arriscados, como a Bolsa brasileira.
O Ibovespa, índice importante do mercado de capitais brasileiro, avançou 0,71% e encerrou a semana com ganhos de 0,23%. No acumulado de janeiro a setembro, o Ibovespa apresenta um aumento de 0,52%. No entanto, no mês, a queda é de 0,83%. O giro financeiro foi de R$ 15,1 bilhões, abaixo da média diária de R$ 16,6 bilhões nos últimos 12 meses.
O Ibovespa e os Fatores Favoráveis
Outro fator que contribuiu para o aumento do Ibovespa foi o resultado do IBC-br, um indicador importante que reflete a atividade econômica do país. O IBC-br acumula alta de 2% em 12 meses até julho e alta de 5,3% em comparação com julho de 2023. No ano, o indicador sobe 2,6%.
‘O Ibovespa reage tanto a fatores externos, como a expectativa de cortes mais agressivos nos juros americanos, quanto a fatores internos, como a preparação do mercado para a decisão do Copom e os dados do IBC-Br’, afirma Christian Iarussi, especialista em mercado de capitais. ‘Ambos os cenários favorecem o movimento de alta, com o índice se aproximando dos 135 mil pontos, refletindo um otimismo cauteloso dos investidores.’
O Impacto do Corte de Juros nos Estados Unidos
A expectativa de um corte de juros nos Estados Unidos também influenciou o mercado. Após dados de inflação ao consumidor e ao produtor dentro do esperado, o mercado consolidou a idéia de que haverá um corte de 0,25 na taxa de juros americana na próxima quarta-feira. No entanto, as apostas em uma interferência mais agressiva, de meio ponto, cresceram após declarações do ex-presidente do Fed de Nova York, Bill Dudley.
Em Nova York, os índices Nasdaq e S&P 500 tiveram a semana com melhor desempenho em 2024. As ações de tecnologia voltaram aos holofotes dos investidores depois de um período de rotação de carteira. Seguindo o bom humor do mercado internacional, o dólar recuou, diante de expectativa de queda de juros nos Estados Unidos.
Fonte: @ Valor Invest Globo