Hospital de Clínicas de Porto Alegre pesquisa saúde mental, população, síndrome de burnout, enchentes e psiquiatras locais.
A população de São Paulo com renda familiar inferior a R$ 2 mil enfrenta desafios significativos relacionados à saúde mental, como estresse e insônia, em comparação com aqueles com renda familiar superior a R$ 8 mil, após a onda de calor que atingiu a cidade a partir do início de março.
É fundamental priorizar a saúde mental em momentos de crise, visando não apenas o alívio dos sintomas, mas também a promoção do bem-estar psicológico e da qualidade de vida como um todo. Cuidar da mente e das emoções é essencial para enfrentar os desafios do dia a dia e manter um equilíbrio saudável.
Estudo sobre a Saúde Mental da População de Porto
As consequências das enchentes na saúde mental dos porto-alegrenses estão sendo minuciosamente investigadas por psiquiatras do Hospital de Clínicas da cidade, em parceria com a Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e o apoio da Rede Nacional de Saúde Mental (Renasam). Os resultados preliminares do estudo, que teve início em meados de maio, revelam que a ansiedade é um fator preocupante, afetando 100% das pessoas com renda familiar inferior a R$ 1,5 mil e 86,7% daqueles com renda acima de R$ 10 mil.
A depressão também é uma realidade, atingindo 71% dos indivíduos de menor renda e 35,9% daqueles com maior poder aquisitivo. Já a síndrome de burnout, caracterizada por estresse, exaustão e esgotamento físico, impacta mais fortemente aqueles com menor renda (69%) em comparação com os de renda mais elevada (47%).
Os dados foram coletados por meio de questionários online, preenchidos voluntariamente por indivíduos contatados pela Renasam via WhatsApp ou que acessaram o QR code em locais públicos, como o Hospital de Clínicas e abrigos. O objetivo dos pesquisadores é realizar o levantamento ao longo de um ano, incluindo acompanhamento regular da saúde mental dos afetados pela tragédia.
A psiquiatra Simone Hauck, que lidera o estudo, ressalta a importância de cuidar da saúde mental da população impactada e fornecer subsídios para a formulação de políticas públicas de saúde. Segundo ela, o stress pós-traumático crônico pode se tornar mais desafiador de tratar com o tempo, destacando a urgência de divulgar os resultados preliminares para incentivar mais pessoas a participarem da pesquisa.
O levantamento conta com a aprovação dos comitês de ética científica do Hospital de Clínicas de Porto Alegre e da prefeitura local, sendo conduzido de forma voluntária por profissionais da área médica e pesquisadores comprometidos com a saúde mental da comunidade. A iniciativa visa não apenas compreender as necessidades atuais, mas também contribuir para a promoção do bem-estar psicológico da população de Porto.
Fonte: @ Agencia Brasil