Interessadas devem apresentar novos casos de uso para negócios e produtos no ambiente de desenvolvimento do real digital, transações em rede blockchain, casos de uso, transações financeiras, smart contracts e solução de privacidade.
O Banco Central (BC) deu um importante passo em direção à implementação do real digital, ao anunciar a abertura de inscrições para a segunda fase do Piloto Drex, um projeto inovador que visa testar a viabilidade de transações em rede blockchain.
Com a segunda fase do Piloto Drex em andamento, as instituições financeiras e entidades do segmento terão a oportunidade de testar e aprimorar suas soluções em um ambiente de desenvolvimento e plataforma de teste, garantindo a segurança e a eficiência das transações em rede blockchain. A adoção do real digital pode revolucionar o sistema financeiro brasileiro. A tecnologia blockchain é fundamental para a segurança e transparência das transações.
Avanços no Piloto Drex
A primeira etapa do Piloto Drex foi marcada por um foco intensivo em testar a nova tecnologia em transações financeiras com real digital entre tesourarias de instituições e a tokenização e negociação simulada de títulos públicos. Agora, na segunda fase, o Banco Central (BC) está aberto a receber e avaliar propostas de novos casos de uso que envolvam casos de negócio para a implementação própria através de smart contracts na plataforma do Piloto Drex.
Esses casos de uso devem ser desenvolvidos em um ambiente de desenvolvimento que permita a execução de transações financeiras de forma segura e eficiente. Além disso, as propostas devem incluir a utilização de solução de privacidade para garantir a adesão à LGPD e ao sigilo bancário.
Os smart contracts, também conhecidos como contratos inteligentes, são aplicativos autoexecutáveis que contêm todas as definições e condições de contratos financeiros ou de investimentos, desenvolvidos em rede blockchain. Essa tecnologia permite que os registros de dados sejam criptografados, permanentes e invioláveis.
Instituições atuantes no mercado financeiro que tenham a capacidade de testar o modelo de negócios proposto podem participar do projeto-piloto. Isso inclui transações de emissão, de resgate ou de transferência de ativos, bem como a simulação dos fluxos financeiros decorrentes de eventos de negociação.
Propostas e Casos de Uso
Durante o evento NFT Brasil, realizado no mês passado, André Portilho, sócio do BTG e fundador da plataforma cripto Mynt, antecipou que o banco iria entrar na segunda fase do Piloto Drex com a proposta de debêntures. Marcel Smetana, especialista em pesquisa e inovação do Bradesco, citou emissão de duplicatas e contratos de empréstimos com garantia como casos de uso que seriam inscritos na nova etapa.
Os casos de negócio propostos devem apresentar, entre outros pontos técnicos, os potenciais impactos positivos que sua implantação poderia trazer para o sistema financeiro. Além disso, as propostas devem ser testadas em uma plataforma de teste para garantir sua eficácia e segurança.
O Piloto Drex é um projeto inovador que visa testar a tecnologia blockchain em transações financeiras. Com a segunda fase em andamento, o BC está aberto a receber propostas de novos casos de uso que possam contribuir para o desenvolvimento do sistema financeiro.
Fonte: @ Valor Invest Globo