Presidente da Petrobras reitera que a companhia é uma empresa de capital misto controlada pelo Estado Brasileiro, com gestão legítima do Conselho de Administração.
A Petrobras é uma das maiores empresas de energia do Brasil, atuando principalmente no setor de exploração e produção de petróleo e gás. Fundada em 1953, a Petrobras se tornou uma empresa estatal em 1954 e desde então tem desempenhado um papel fundamental no desenvolvimento econômico do país. A Petrobras é responsável por uma parte significativa da produção de petróleo no Brasil, atuando também em áreas como refino, distribuição e comercialização de combustíveis.
Nos últimos anos, a Petrobras tem sido alvo de polêmicas relacionadas à sua gestão e às interferências governamentais na empresa. As questões de intervenção e ingerência política têm gerado debates acalorados sobre a independência da Petrobras e a sua capacidade de atuar de forma eficiente no mercado. Apesar das controvérsias, a Petrobras continua sendo uma peça-chave na economia brasileira, empregando milhares de pessoas e contribuindo significativamente para o desenvolvimento do país.
Petrobras: Presidente da Estatal reforça independência e critica especulações
Jean Paul Prates, presidente da Petrobras, reforçou nesta quarta-feira (13) que as falas sobre intervenção política na estatal são ‘especulação e desinformação‘ com o intuito de ‘criar dissidências’. Em um teto publicado em sua conta na rede X, Prates também ressaltou a natureza da Petrobras como uma corporação de capital misto controlada pelo Estado Brasileiro, com seu controle exercido legitimamente pela maioria do Conselho de Administração.
Em meio a indicações de analistas sobre a ingerência política do governo federal na companhia, a crise foi deflagrada na última quinta-feira (7) quando a Petrobras anunciou que não pagaria dividendos extraordinários neste ano. De acordo com uma nota enviada ao mercado, o conselho de administração autorizou o encaminhamento à Assembleia Geral Ordinária (AGO) para o pagamento de R$ 14,2 bilhões referentes ao quarto trimestre.
Impactos da decisão da Petrobras nos investidores
Caso aprovado, a estatal realizará o pagamento de R$ 72,4 bilhões em dividendos no exercício de 2023. A decisão teve repercussões negativas entre os investidores, resultando em uma forte queda das ações. Desde a última sexta-feira até o fechamento desta quarta-feira, os papéis acumularam uma retração de aproximadamente 10%.
A direção da empresa negou que o valor reservado para os dividendos seria utilizado para investimentos ou quitação de dívidas. Prates reiterou que ‘o mercado ficou nervoso esperando dividendos sobre cuja decisão foi meramente de adiamento e reserva’.
Resposta do Presidente da Petrobras às críticas sobre ingerência política
Em seu texto divulgado nesta quarta, Prates também rebateu as críticas, afirmando que é legítimo que o conselho de administração ‘se posicione orientado pelo Presidente da República e pelos seus auxiliares diretos que são os ministros’. Ele ressaltou que essa diretriz foi aplicada na decisão de não pagamento dos dividendos extraordinários.
O presidente da Petrobras enfatizou que apenas aqueles que não compreendem, ou deliberadamente não querem compreender, a natureza, os objetivos e o funcionamento de uma companhia aberta de capital misto com controle estatal, podem considerar a situação como uma intervenção indevida. Prates destacou a importância de se manter o foco no Plano de Investimentos da Petrobras, no valor de meio trilhão de reais para os próximos cinco anos, visando gerar empregos, renda, pesquisa, impostos, lucro e dividendos condizentes com os resultados e ambições da empresa.
Tópicos: Dividendos, Mercado Financeiro, Petrobras
Fonte: © CNN Brasil
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