Três PFs serão investigados por prolongada ausência enquanto cedidos à Abin entre 2021 e 2022, conforme determinação do ministro Alexandre.
A Controladoria-Geral da União (CGU) iniciou procedimentos administrativos disciplinares (PADs) contra três funcionários da Polícia Federal (PF) que estão emprestados à Abin Paralela. A determinação foi divulgada no Diário Oficial da União (DOU) de hoje.
A CGU decidiu tomar medidas contra os servidores da PF envolvidos na investigação de suposto esquema dentro da Abin Paralela, relacionado ao monitoramento ilegal de indivíduos e possíveis esquemas de espionagem. A apuração visa esclarecer possíveis irregularidades envolvendo o monitoramento da localização de pessoas sem autorização legal.
Expansão das investigações da ‘Abin Paralela’
O caso da ‘Abin Paralela’ continua a repercutir, com desdobramentos que envolvem a suspensão de servidores públicos e a investigação de um suposto esquema de espionagem ilegal. Dois servidores foram proibidos de exercer funções públicas por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em 25 de janeiro, no âmbito das investigações sobre a atuação da ‘Abin Paralela’.
A Controladoria-Geral da União (CGU) está avançando nas apurações relacionadas ao monitoramento ilegal realizado pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo Bolsonaro. Essa ação levou à identificação de um possível esquema de espionagem, no qual a Abin teria usado um programa secreto para monitorar a localização de indivíduos por meio de seus celulares.
Rastros de atuação da ‘Abin Paralela’
A Polícia Federal tem se voltado para desvendar mais detalhes sobre a ‘Abin Paralela’, investigando possíveis elos operacionais e informações integrantes da alegada organização criminosa que teria se infiltrado na Abin. Um dos dispositivos-chave para as investigações é o computador guardião apreendido, que se revela como uma peça fundamental no quebra-cabeça do monitoramento ilegal.
Além disso, a PF destaca que há indícios apontando para o envolvimento de membros da ‘Abin Paralela’ na elaboração de dossiês e documentos fabricados, os quais, segundo o portal Uol, teriam sido repassados ao presidente Jair Bolsonaro. Essas revelações lançam luz sobre a extensão das atividades do grupo e sua possível influência nos bastidores do poder.
Desdobramentos nos processos administrativos disciplinares
Os servidores da Polícia Federal envolvidos no caso da ‘Abin Paralela’, especificamente Marcelo Araújo Bormevet, Felipe Arlotta Freitas e Eliomar da Silva Pereira, agora enfrentam a análise dos processos administrativos disciplinares instaurados pela CGU. Esses PFs, que estavam cedidos à Abin em determinado período, são investigados por terem se ausentado por mais de 60 dias, em datas entre 2021 e 2022.
Marcelo Araújo Bormevet, agente da PF desde 2005, encontra-se suspenso de suas funções, assim como Felipe Arlotta Freitas, policial federal desde 2006, que atuou na agência durante a gestão de Alexandre Ramagem. Já Eliomar da Silva Pereira, delegado da PF desde 2003, também foi cedido à Abin em um momento crítico das atividades da agência. Suas condutas serão minuciosamente examinadas nos PADs, com prazo de conclusão estabelecido em 60 dias, prorrogáveis por período igual.
Aprofundamento nas investigações da ‘Abin Paralela’
As investigações em torno da ‘Abin Paralela’ lançam luz sobre um esquema ilegal de espionagem que teria sido perpetrado sem o devido respaldo judicial, mirando autoridades, jornalistas e advogados durante os mandatos de Jair Bolsonaro e de Alexandre Ramagem na chefia da Abin. A complexidade e as ramificações desse caso ressaltam a importância de se esclarecer os fatos e responsabilidades envolvidas nesse episódio que coloca em xeque a integridade das instituições envolvidas.
Fonte: @ Metropoles