Investigação preliminar de membros da inteligência sobre falhas estruturais em propriedade rural. 10 servidores são investigados por danos ao patrimônio.
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – A fuga dos detentos da penitenciária federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, expôs a fragilidade do sistema de segurança. Os presos conseguiram escapar sem serem notados, levantando questionamentos sobre a eficácia dos protocolos de revista nas celas.
Agora, a busca pelos fugitivos mobiliza as forças policiais locais, que estão intensificando as operações para capturar os presos evadidos. É fundamental que a sociedade se mantenha atenta e colabore com informações que possam levar à recaptura dos indivíduos foragidos.
.
Investigação preliminar aponta falhas nas revistas e estratégia de busca por fugitivos
A informação consta em uma IPS (investigação preliminar sumária) realizada pela corregedoria do órgão, que aponta que a fuga foi resultado de diversas falhas de procedimentos. Segundo fontes envolvidas nas buscas, a partir da próxima semana, vai haver uma mudança na estratégia de procura pelos fugitivos.
O tempo de permanência da Força Nacional no município não será renovado, haverá uso somente das forças locais, além de membros da inteligência da polícia.
Detalhes da busca pelos fugitivos e a falha nas revistas
A busca pelos dois presos completa 44 dias nesta quinta-feira (28). Nesse intervalo, Rogério da Silva Mendonça, 36, conhecido como Martelo, e Deibson Cabral Nascimento, 34, chamado de Tatu ou Deisinho, já mantiveram uma família como refém, foram avistados em comunidades diversas, se esconderam em uma propriedade rural e agrediram um indivíduo na zona rural de Baraúna. Os investigadores dizem acreditar que eles estejam atualmente escondidos em uma caverna na região, e um deles estaria mancando.
De acordo com a IPS, a falha principal foi a ausência de revistas nas celas por um período mínimo de 30 dias, quando, conforme os procedimentos adequados, deveria ocorrer diariamente…
As falhas estruturais que permitiram a tentativa de fuga e a falta de investimento na segurança do presídio
Durante a investigação preliminar, foram colhidos depoimentos de 22 servidores. São apontadas ainda falhas estruturais no presídio, como o uso de luminária com parafuso inadequado e a ausência de laje no shaft, como é chamado o espaço da manutenção do presídio, onde estão máquinas, tubulações e toda a fiação. Segundo investigadores, a presença da laje poderia ter inviabilizado a fuga, considerando que em 2018, na penitenciária federal de Catanduvas, houve uma tentativa de fuga semelhante através da luminária.
Naquela ocasião, o preso não conseguiu sair e retornou à cela. As penitenciárias foram informadas sobre o ocorrido, e a penitenciária de Mossoró implementou o reforço na segurança das luminárias em 2018.
Corregedoria instaura processos disciplinares e avalia falta de investimento na infraestrutura do presídio
No entanto, foi utilizado um parafuso inadequado, o que também teria contribuído para essa nova fuga. A corregedoria da Senappen não chegou a investigar a tentativa de fuga de 2018 tendo em vista que a situação foi classificada como dano ao patrimônio. Agora, investigadores consideram que houve um erro na época.
A avaliação é de que a obra na área externa do presídio não foi determinante para a fuga, mas facilitou a saída dos detentos. Após a…
Fonte: © Notícias ao Minuto
Comentários sobre este artigo