O mercado de capitais brasileiro teve reviravolta na renda variável em países emergentes.
Deu surpresa. Nada de ações, poupança nem euro. Também as taxas de juros do Brasil não superaram os protagonistas do ranking de lucratividade de setembro no mercado de ações.
Neste período, a aplicação mais rentável nos portfólios foi a renda fixa. Além disso, a diversificação das opções de investimento foi fundamental para garantir bons resultados.
Investimento em renda variável na B3
Os investimentos aplicados em produtos atrelados exclusivamente a índices da B3 apresentaram rendimentos significativos no mês de agosto, chegando a quase 8,8% de retorno acumulado. A bolsa brasileira, que passou por momentos desafiadores no primeiro semestre, começou a se recuperar a partir de junho. Os índices tiveram um desempenho positivo em julho, conquistando ganhos entre 3% e 5%.
A renda variável no Brasil, no entanto, iniciou o mês de agosto com oscilações inesperadas. A volatilidade do mercado de capitais foi evidenciada diante do cenário de potencial recessão nos Estados Unidos e do aumento dos juros pelo Banco Central do Japão (BoJ). A questão era: para onde o capital se direcionaria em meio a perspectivas de rendas fixas atrativas nos mercados mais seguros do mundo e o risco em países emergentes?
Surpreendentemente, houve uma reviravolta nos acontecimentos. A bolsa brasileira viu uma mudança de cenário com a retomada do apetite por risco, resultando no retorno de investidores estrangeiros ao mercado global. Além disso, o índice MSCI de países emergentes passou por um rebalanceamento, favorecendo o Brasil.
O MSCI é uma referência importante para investidores estrangeiros que buscam oportunidades em bolsas de valores internacionais, incluindo o Brasil. O índice de mercados emergentes avalia o desempenho das principais empresas desses países, sendo o Brasil um dos destaques.
No contexto do rebalanceamento do MSCI, os ativos brasileiros ganharam peso na carteira em detrimento da China, o que impulsionou um significativo fluxo de capital para ações e recibos negociados no exterior de empresas brasileiras. Esse movimento resultou em altas expressivas nos papéis das gigantes da B3.
Destacando-se no retorno do investimento em agosto, o índice Valor-Coppead Performance (BrIAIP20) se sobressaiu, apresentando um rendimento de 8,77% no mês. O Ibovespa, por sua vez, figurou como o terceiro ativo mais rentável, com ganhos de 6,54% e renovando recordes consecutivos nos últimos 30 dias. O índice das principais empresas da bolsa registrou um saldo positivo de 1,36% no ano até o momento.
Além disso, entre os índices mais reconhecidos da B3, os ganhos também foram notáveis no Índice de Dividendos (IDIV), que reflete o desempenho médio das cotações dos ativos. O mercado de capitais continua a ser um ambiente dinâmico, influenciado por diversos fatores que impactam os investimentos em renda variável.
Fonte: @ Valor Invest Globo