Maior banco americano prevê que lucro não melhorará no próximo ano, devido ao setor de seguros perdendo fôlego, com menor crescimento dos prêmios e menos espaço para surpresas no mercado.
O J.P. Morgan, maior banco dos Estados Unidos, realizou uma análise detalhada das ações do ressegurador IRB (IRBR3) e decidiu recomendar a venda, mantendo o preço-alvo em R$ 44,00. Essa decisão foi tomada após uma avaliação cuidadosa dos fatores que influenciam o desempenho da empresa, incluindo o fato de que há pouco espaço para surpresas no lucro.
Os analistas do J.P. Morgan consideraram vários aspectos antes de tomar essa decisão, incluindo a posição competitiva da IRB no mercado de resseguros e a distribuição de papéis entre os investidores. Além disso, a ação da empresa em relação às mudanças no mercado também foi levada em consideração. Com base nessa análise, a recomendação de venda das ações da IRB foi considerada a melhor opção para os investidores. A ação da empresa em resposta a essa recomendação será crucial para determinar o futuro do ressegurador.
Ação em Declínio
A ação da empresa está sofrendo com o relatório recente, liderando as perdas entre as empresas que compõem o Ibovespa, o principal índice da bolsa brasileira. Por volta de 15h30, a ação recuava 5,5%, negociada a R$ 45,55. Em um relatório enviado a clientes hoje, a equipe de análise afirma que, embora a situação positiva do mercado de seguros e a alta da Selic possam favorecer os resultados da companhia, o impacto dessas dinâmicas deve diminuir ao longo do próximo ano.
A ação da empresa está sendo afetada por vários fatores, incluindo o crescimento dos prêmios do setor, que tem desacelerado, notadamente no agronegócio. Além disso, a equipe de análise diz que, desde maio, quando foi feita a última atualização da recomendação para os papéis, o IRB apresentou uma melhora na lucratividade e teve impactos limitados das enchentes no Rio Grande do Sul.
Limites para o Crescimento
Em meio a isso, o mercado passou a prever um crescimento ainda maior do lucro da companhia em 2025, de até 15%, para R$ 520 milhões, o que limita o espaço para surpresas. A ação da empresa está sendo pressionada por essas expectativas elevadas, o que pode dificultar o crescimento futuro. Além disso, os papéis da empresa estão sofrendo com a desaceleração do crescimento dos prêmios do setor, o que pode afetar a lucratividade da companhia.
Fonte: @ Valor Invest Globo