Habitantes das zonas azuis praticam atividades sobre bem-estar e saúde. Masterclass online promove benefícios relacionados à natureza para melhorar níveis de felicidade.
Nas zonas verdes – compostas por áreas como: o Rio de Janeiro, no Brasil, Amsterdã, nos Países Baixos, Vancouver, no Canadá, Sydney, na Austrália e Cidade do Cabo, na África do Sul – a prática da jardinagem é muito valorizada, proporcionando qualidade de vida e bem-estar para os moradores locais.
Além disso, nessas regiões, a horticultura é uma atividade comum, incentivando o cultivo de diversas espécies de plantas em jardins e espaços públicos, promovendo assim a conexão das pessoas com a natureza e o prazer de plantar e cuidar do meio ambiente.
Jardinagem: uma atividade essencial para o bem-estar
Diversos pesquisadores exploram as características e o modo de vida adotados em regiões conhecidas por sua longevidade, com Dan Buettner se destacando como um dos principais especialistas nesse campo. Durante uma masterclass online sobre longevidade, promovida pelo Global Wellness Institute, Buettner compartilhou insights reveladores sobre as práticas comuns nessas áreas, onde a jardinagem desempenha um papel fundamental na promoção da saúde e do bem-estar dos habitantes.
Para Buettner, a jardinagem é uma das atividades mais significativas praticadas nas chamadas zonas azuis, associadas aos pilares essenciais para uma vida saudável. Ela não apenas envolve o cultivo de plantas, mas também estimula o movimento natural do corpo, ajuda a gerenciar o estresse e incentiva o consumo de alimentos provenientes da própria terra.
A jardinagem é considerada o ápice de uma atividade típica das Zonas Azuis, pois representa um ciclo de crescimento e cuidado. Ao plantar sementes e acompanhar seu desenvolvimento ao longo de meses, os indivíduos são motivados a se envolver ativamente no processo de cultivo, colheita e consumo dos alimentos produzidos. Essa conexão direta com a natureza proporciona uma sensação de realização e gratificação, além de promover uma alimentação saudável e consciente.
Estudos recentes destacam os inúmeros benefícios da jardinagem para a saúde física e mental. Pesquisas publicadas no periódico Landscape and Urban Planning apontam que os praticantes de jardinagem experimentam níveis elevados de bem-estar e felicidade, comparáveis aos observados em praticantes de atividades físicas regulares. A interação com a natureza durante a jardinagem pode contribuir significativamente para a redução do estresse e a melhoria da qualidade de vida, como ressalta a psicóloga Lizandra Arita.
A relação entre jardinagem e saúde mental é cada vez mais reconhecida, com evidências indicando que o contato com a natureza pode ter efeitos positivos no humor e na saúde emocional. Atividades ao ar livre, como a jardinagem, estimulam a liberação de endorfinas, os hormônios responsáveis pela sensação de felicidade, proporcionando um alívio natural do estresse e da ansiedade.
Para a psicóloga Romanni Souza, o cultivo de plantas e o gerenciamento do estresse por meio de hobbies são aspectos essenciais para a manutenção da saúde física e mental. A prática de atividades relacionadas à jardinagem não só ajuda a lidar com o estresse cotidiano, mas também contribui para uma maior clareza mental e um equilíbrio emocional mais estável.
Em resumo, a jardinagem não é apenas uma atividade de lazer, mas uma prática terapêutica que promove a conexão com a natureza, melhora a qualidade de vida e fortalece o bem-estar geral. Seja plantando flores, ervas ou vegetais, dedicar tempo à jardinagem pode trazer inúmeros benefícios para a saúde física, mental e emocional, tornando-a uma atividade indispensável para uma vida equilibrada e feliz.
Fonte: @ Minha Vida