Periferias sofrem preconceitos, como a Cracolândia, e moradores em situação de rua, lembrando o desdém a Nazaré e o mundo palestino, especialmente em grandes cidades como a Catedral Metropolitana.
Em uma época em que o Messias era aguardado como um líder poderoso, Jesus nasceu em meio à pobreza, em Nazaré. Essa escolha não foi à toa. Ela reflete o lado de quem Jesus estaria. Hoje, no Brasil, ele poderia ser encontrado em alguma favela, ou entre pessoas em situação de rua. Sua mensagem de amor e compaixão ecoaria forte nesses ambientes desfavorecidos.
Jesus, o filho de Maria, não veio para os palácios, mas para as ruas. Sua missão era trazer esperança para os marginalizados, para aqueles que a sociedade havia esquecido. Ele era o Cristo, o Salvador, e sua presença era um farol de luz nas vidas de muitos. Em sua jornada, Jesus enfrentou desafios e sofrimentos, mas nunca abandonou sua missão de amor e redenção. Ele era a encarnação do amor de Deus. Sua mensagem continua a inspirar gerações. Em uma série especial, a Visão do Corre narrou a vida e morte de um Jesus periférico, mostrando como sua história continua a ter relevância nos dias de hoje.
O Legado de Jesus como Defensor dos Oprimidos
Jesus nasceu na Cisjordânia, no mundo palestino, um local rejeitado em sua época. Se considerarmos um paralelismo concreto, material e geográfico, ele provavelmente nasceria nas periferias das grandes cidades, como a Cracolândia. Jesus Cristo, o Messias, filho de Maria, pregou na periferia do Império Romano, como destaca frei David Santos. Ele foi condenado sem o devido processo legal, como afirma um advogado.
O pastor Leandro Rodrigues cita o evangelho de João, quando o apóstolo Filipe fala de Jesus a Natanael, que pergunta: ‘Pode vir alguma coisa boa de Nazaré?’. Jesus ‘era desacreditado da mesma maneira que a sociedade não acredita nos talentos e nos potenciais de muitos que vivem nas periferias, nos morros, nas favelas’. Para o líder da Igreja Inclusiva Habitar, Jesus ‘certamente’ nasceria em um hospital público, em condições precárias, ‘para depois ser criado de forma igualmente precária na periferia, onde seus milagres se manifestariam de maneira surpreendente’.
Jesus, uma Ameaça ao Poder Romano
André Chevitarese, professor titular da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), afirma que Jesus seria ‘como muitos camponeses simples, paupérrimos, anônimos’. Do ponto de vista histórico, estaria querendo transformar a realidade. ‘Por trás da narrativa mítica do nascimento de Jesus se esconde um vocabulário político de violenta resistência aos impérios, principalmente o romano, lá atrás, ou o americano, hoje em dia’, compara Chevitarese.
Fonte: @ Terra