Luan Felipe Alves Pereira, arremessando Marcelo Barbosa Amaral, foi preso em blitz militar com alto-comando, sob ponte-de-abrigo.
Na última quinta-feira (5), Marcelo Barbosa Amaral, de 25 anos, foi atropelado por um viatura e jogado da ponte Rio Pinheiros.
Barbosa Amaral afirmou em seu depoimento que foi jogado da ponte por um policial militar após ser parado em uma jogada policial da polícia militar. Jogar o homem da ponte é crime de tentativa de homicídio qualificado. Tentar matar alguém com violência excessiva é um crime grave e pode resultar em uma pena de até 20 anos de prisão. O jogador de futebol, Marcelo Barbosa Amaral, tenta reconstruir sua vida após o acidente.
Abusos de poder na Vila Clara
O policial militar Luan Felipe Alves Pereira, de 29 anos, protagonizou uma jogada de força excessiva, arremessando um jovem, que foi preso em seguida. O crime foi capturado em vídeo. Segunda Folha de S.Paulo apurou que Amaral disse à Polícia Civil que estava passando pelo local quando foi parado em uma blitz militar. O rapaz afirmou que se assustou, parou a moto e correu, momento em que, segundo ele, levou golpes de cassetete na cabeça e nas costas. Ele disse que o policial que o agrediu foi levando-o pelo colarinho até perto de uma ponte-de-abrigo, onde falou: ‘você tem duas opções, ou você pula da ponte ou eu jogo você e a motocicleta’, aponta depoimento. O rapaz respondeu que não era ladrão e que a moto não era roubada. ‘Neste momento, o policial pegou sua perna e lhe jogou’, disse ele. Ele caiu no córrego e uns moradores de rua que ficam embaixo da ponte falar: ‘vem aqui e pode fugir por ali’. O jovem ainda conta que pegou uma carona com um carro que estava passando e foi até uma UPA. Ele declarou estar com medo. Moradores da Vila Clara, onde o crime ocorreu, afirmam que abordagens violentas de policiais militares são corriqueiras na região e que temem represálias. Vizinhos disseram também que Amaral e sua família deixaram a cidade após a repercussão do caso. Eles moravam em um bairro vizinho, também na zona sul. Na decisão que decretou a prisão do policial, o Tribunal de Justiça Militar de São Paulo aponta que a ocorrência teve início com um fato considerado ‘questionável’: o policial teria ligado para um agente de seguros para perguntar se, ali na região, havia alguma moto roubada sendo rastreada. Essa conversa teria desencadeado a operação que resultou na abordagem ao motociclista. ‘Ouvido em sede inquisitorial, acompanhado de advogado constituído, o representado declarou que, ao iniciar o serviço, contatou um civil que trabalha em uma agência-de-seguros para verificar se havia veículo produto de roubo com rastreamento ativo na região de patrulhamento.’ Segundo ele, foi informado sobre uma motocicleta Yamaha, o que motivou o deslocamento para sua apreensão. ‘Ou seja, tentar o jogador’, diz a decisão. Fabrício Alonso Martinez Della Pachoa, juiz substituto da Justiça Militar, afirma ainda que o PM não fez o devido registro de todos os fatos que ocorreram naquela noite tampouco indicou qual a destinação dada à moto do rapaz agredido. No documento, o magistrado aponta que, além da agressão em si, podem ter ocorrido outros delitos militares. Para a defesa do soldado Luan Felipe Alves Pereira, o policial militar já está sendo punido e penalizado. A manutenção da prisão preventiva dele, decidida no fim da tarde desta quinta-feira (5) em audiência de custódia, está fundamentada em questões de hierarquia, por ele ser praça, e no clamor público do caso. É o que diz o advogado Raul Marcolino, que compõe a defesa do PM com Wanderley Alves, em nome da Associação dos Praças da Polícia Militar do Estado de São Paulo. ‘No nosso entender, na verdade, é desnecessária a prisão dele. Nós ressaltamos isso, inclusive, porque é praça. É soldado da Polícia Militar. Portanto, uma ‘jogada’ para o alto-comando. ‘A nosso ver, é uma questão de hierarquia e de justiça’, diz Marcolino. É o que diz o advogado Raul Marcolino, que compõe a defesa do PM com Wanderley Alves, em nome da Associação dos Praças da Polícia Militar do Estado de São Paulo. ‘No nosso entender, na verdade, é desnecessária a prisão dele. Nós ressaltamos isso, inclusive, porque é praça. É soldado da Polícia Militar. Portanto, uma ‘jogada’ para o alto-comando.’ ‘A nosso ver, é uma questão de hierarquia e de justiça’, diz Marcolino. É o que diz o advogado Raul Marcolino, que compõe a defesa do PM com Wanderley Alves, em nome da Associação dos Praças da Polícia Militar do Estado de São Paulo. ‘No nosso entender, na verdade, é desnecessária a prisão dele. Nós ressaltamos isso, inclusive, porque é praça. É soldado da Polícia Militar. Portanto, uma ‘jogada’ para o alto-comando.’ ‘A nosso ver, é uma questão de hierarquia e de justiça’, diz Marcolino.
Fonte: © Notícias ao Minuto