Acórdão revela tratamento rude, depoimentos contraditórios e conduta do atleta no processo de amostra de urina. Vice do tribunal voto presidente viu mentiras e comportamento malicioso.
Com uma diferença apertada de 5 votos a 4, o desfecho do caso foi o cumprimento da suspensão de dois anos por Gabigol, determinado em recente julgamento no TJD-AD. O resultado reflete a seriedade do instituto do julgamento no esporte, evidenciando a importância de se acatar as decisões tomadas pelo tribunal desportivo.
No desdobramento da sessão julgamento, o destaque ficou para a discussão acalorada durante a votação dos auditores, que revelaram suas divergências de maneira clara. A decisão final, embora contestada por alguns, ressalta a necessidade de respeitar os processos e as regras estabelecidas para garantir a lisura das auditorias esportivas.
O Julgamento de Gabriel Barbosa e a Decisão do Tribunal
Durante a sessão de julgamento, o tribunal votou a favor da condenação de Gabriel Barbosa, também conhecido como Gabigol. O presidente do TJD-AD destacou quatro condutas consideradas como desconformidade, evidenciando uma possível intenção de prejudicar a coleta da amostra e interferir na análise. O voto final do presidente do tribunal, João Antonio de Albuquerque e Souza, selou a condenação de Gabriel.
Enquanto isso, houve votos contrários à suspensão, incluindo o da vice-presidente do tribunal, Selma Fátima Melo Rocha, que apontou depoimentos cheios de contradições por parte dos coletores de amostras. Essas contradições levantaram questões sobre a credibilidade dos envolvidos no processo de coleta.
O relator do caso, Daniel Chierighini, discutiu a conduta de Gabriel no incidente da amostra de urina. Ele descreveu detalhes das ações do atleta, desde a recusa inicial até a interação com os oficiais. Além disso, o relator abordou o comportamento de Gabriel e como suas ações podem prejudicar outros atletas.
A defesa de Gabriel apresentou evidências, incluindo imagens das câmeras de segurança, para justificar o atraso do jogador na realização dos exames. A chegada de Gabriel ao CT do Flamengo antes dos coletores da ABCD foi um ponto crucial levantado durante o julgamento. No entanto, a defesa teve que lidar com a falta de comunicação imediata sobre a situação, o que gerou questionamentos sobre a validade da justificativa apresentada.
Nesse contexto, a decisão do tribunal foi baseada em uma análise minuciosa dos fatos apresentados durante o julgamento, destacando a importância da conduta dos atletas em procedimentos de controle de dopagem. O veredito final refletiu não apenas o caso de Gabriel Barbosa, mas também trouxe à tona considerações mais amplas sobre a integridade no esporte e a responsabilidade dos envolvidos.
Fonte: © GE – Globo Esportes