Segundo fontes do IM Business, a sinergia entre os negócios abre caminho para um cenário competitivo.
A recente fusão entre 3R Petroleum (RRRP3) e Enauta (ENAT3), divulgada na quarta-feira (10), marca um passo significativo rumo à consolidação das empresas de petróleo júnior no Brasil. Essa união promete redefinir o cenário das junior oils nacionais, estabelecendo uma nova base de operações e colaboração entre as duas companhias.
Com essa parceria estratégica, as petroleiras menores buscam fortalecer sua posição no mercado e ampliar sua capacidade de atuação, podendo alcançar novos patamares de crescimento e inovação. A integração entre essas empresas sinaliza um movimento assertivo no setor de junior oils, mostrando como a colaboração entre as petroleiras menores pode resultar em benefícios mútuos e impulsionar a competitividade no mercado de energia.
Consolidação no setor de petróleo com movimento entre junior oils
A recente combinação entre 3R Petroleum e Enauta está pavimentando o caminho para a formação de uma petroleira mais competitiva, aproximando-se da Prio em volume de produção. No entanto, mesmo com essa união, o desafio de aumentar a receita persiste, visto que ainda não atinge 60% da concorrente, a segunda maior do setor.
A força dessa junção reside em seu vasto campo de atuação, abrangendo operações tanto em alto mar quanto onshore. A sinergia gerada com ativos de infraestrutura, incluindo gasodutos e a refinaria Clara Camarão no Rio Grande do Norte, promete impulsionar o crescimento dessas empresas.
Essa movimentação traz consigo um desafio adicional para as petroleiras menores, como a PetroReconcavo, que buscam alternativas após o fracasso da tentativa de união com a 3R em março. A avaliação geral aponta que a transação com a Enauta se mostra mais promissora e trazendo maior sinergia para o negócio, levando a uma consolidação no setor.
A presença marcante das junior oils no cenário atual está diretamente relacionada ao plano de desinvestimentos da Petrobras nas gestões passadas. Com a venda de ativos em alta, as petroleiras menores ganharam espaço no mercado. No entanto, o congelamento desses planos pelo governo atual mudou o jogo, desafiando essas empresas a se manterem rentáveis sem acesso aos ativos da estatal e sem recursos para aquisições internacionais.
A união entre 3R Petroleum e Enauta, resultando em uma empresa com valor de mercado significativo de R$ 15,8 bilhões, aponta para um novo cenário no setor. Essa cifra supera em muito o valor de mercado da PetroReconcavo, evidenciando o potencial dessa nova entidade em competir de forma mais acirrada no mercado de petróleo.
A operação de fusão entre as companhias está sendo acompanhada de perto, com a expectativa de ser finalizada ainda no primeiro semestre, conforme revelou o CEO da petroleira Décio Oddone. Com grandes acionistas como Bradesco, gestora Jive, famílias Gerdau e Queiroz Galvão, além da Maha Energy, o futuro dessa nova petroleira promete ser promissor, fortalecendo a presença das junior oils no mercado nacional.
Fonte: @ Info Money
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