Rapper e magnata da Bad Boy Records é acusado de estupro, extorsão e abuso, e pode enfrentar regime fechado, após coletiva de imprensa no Tribunal Distrital.
Atenção: este texto aborda temas sensíveis como estupro, violência doméstica e violência contra a mulher, podendo ser um gatilho para algumas pessoas. Caso você se identifique ou conheça alguém que esteja passando por esse problema, é fundamental buscar ajuda e denunciar. Não fique em silêncio.
Recentemente, o empresário e rapper Diddy, também conhecido como Sean Combs, usou sua plataforma para falar sobre a importância de combater a violência contra a mulher. Em uma entrevista, ele destacou a necessidade de educar os homens sobre a igualdade de gênero e a importância de respeitar as mulheres. Diddy enfatizou que é fundamental que os homens sejam aliados das mulheres e trabalhem juntos para criar um mundo mais seguro e justo para todos. A mudança começa com cada um de nós.
Denúncias contra Diddy
Uma linha direta criada para as vítimas de Sean ‘Diddy’ Combs foi inundada com 12.000 ligações em apenas 24 horas, enquanto cerca de 120 pessoas se preparam para processar o rapper. O advogado Tony Buzbee lançou a linha no início da semana, incentivando aqueles que foram vítimas do artista, de 54 anos, ou que têm conhecimento sobre seus crimes, a se apresentarem.
Diddy, que está preso desde o dia 16 de setembro acusado de estupro, extorsão, abuso e transporte para tráfico sexual, aguarda julgamento em regime fechado e segue investigado pelo Tribunal Distrital do Distrito Sul de Nova York, nos Estados Unidos.
Investigação em andamento
‘Quando anunciei que iria perseguir esses casos, as portas realmente se abriram’, afirmou Buzbee à Law & Crime. O volume de chamadas recebidas pela equipe foi descrito como avassalador. Após 10 dias do lançamento da linha direta, a equipe de Buzbee recebeu cerca de 3.200 chamadas. No entanto, após uma coletiva de imprensa na terça-feira, o número disparou para 12.000 ligações em um único dia.
‘Nossa responsabilidade é examinar cada ligação e assegurar que estamos identificando as vítimas e testemunhas, além de coletar evidências’, afirmou ele. Diddy — Foto: Getty Images O advogado, que conta com cerca de 100 pessoas em sua equipe, espera começar a abrir processos civis dentro de 30 dias. Até o momento, a equipe já reuniu evidências suficientes para iniciar 120 processos contra Combs.
Denúncias de abuso
Dentre as vítimas, 25 eram menores de idade na época do abuso, com idades variando de 9 a 15 anos. ‘Um indivíduo, que tinha 9 anos na época, foi levado para uma audição na cidade de Nova York com a Bad Boy Records. Ele foi abusado sexualmente por Sean Combs e várias outras pessoas no estúdio, em troca da promessa de um contrato com a gravadora’, revelou Buzbee.
As alegações incluem vítimas que buscavam carreiras na TV ou na música e foram prometidas como estrelas pelo rapper, além de outras que compareceram a after parties de Diddy. O advogado ainda não registrou as alegações, pois está buscando incluir ‘todas as partes potencialmente responsáveis’ antes de fazê-lo.
Investigação em curso
‘Estamos focados em qualquer entidade ou indivíduo que tenha participado, facilitado ou se beneficiado das ações de Diddy’, ressaltou Buzbee. Ele também mencionou que sua equipe está analisando 25 anos de supostos comportamentos inadequados do rapper em eventos como festas de lançamento de álbuns e festas exclusivas.
O advogado deixou claro que há um ‘padrão’ de comportamento nas festas de Diddy, um segredo que circula entre a elite de Hollywood. ‘Acredito que existem pessoas envolvidas e que agora estão tentando se distanciar disso’, disse ele, acrescentando que ainda há muito a descobrir sobre o caso.
Fonte: © Revista Quem