Defesa não encontrada; crime premeditado. Imagens de câmeras de segurança revelaram a utilização de espingarda calibre 12.
A pecuarista Inês Gemilaki e o médico Bruno Gemilaki Dal Poz, suspeitos de envolvimento em um crime duplo de assassinato na cidade de Peixoto de Azevedo, em Mato Grosso, se entregaram às autoridades policiais por volta do meio-dia desta terça-feira, 23. A equipe de defesa dos acusados ainda não foi localizada pelas autoridades.
O homicídio chocou a comunidade local, que ainda busca respostas sobre a motivação por trás do crime. O duplo assassinato abalou a tranquilidade da cidade, deixando todos em estado de alerta diante de mais um caso de crime violento na região.
Detalhes do Assassinato e Desdobramentos Policiais
Inês foi flagrada pelas imagens de câmara de segurança como a mulher responsável pelos disparos fatais que resultaram nas mortes de Pilson Pereira da Silva, de 69 anos, e Rui Luiz Bogo, de 81 anos, naquele fatídico domingo, 21. Enquanto Bruno a acompanhava, carregando consigo uma espingarda calibre 12, a tragédia se desenrolava. A Polícia Civil de Peixoto de Azevedo afirmou que os idosos foram vítimas de um homicídio por engano.
A investigação aponta que o assassinato tinha como alvo o proprietário da residência onde ocorria a confraternização. Antes do delito, Inês e Bruno haviam registrado um boletim de ocorrência relatando supostas ameaças feitas contra eles, fundamentadas em alegadas dívidas de aluguel. Essas dívidas eram supostamente relacionadas ao dono da propriedade onde os trágicos eventos tiveram lugar.
A defesa das vítimas alega que o crime foi premeditado. O registro do boletim seria uma tentativa de justificar as ações que culminaram nas mortes das duas pessoas. Nas horas seguintes, a Polícia Civil efetuou a prisão de mais duas pessoas suspeitas de estarem envolvidas no assassinato: Marcio Ferreira Gonçalves e seu irmão, Eder Gonçalves Rodrigues.
A detenção de Márcio e Éder ocorreu em uma residência na região central de Alta Floresta, situada a 800 quilômetros de Cuiabá e a 126 quilômetros de Peixoto de Azevedo. O delegado responsável pelo caso, Thiago Marques Berger, confirmou que buscará a conversão da prisão em flagrante para prisão preventiva, sem estabelecimento de prazo para seu término.
Márcio, marido da pecuarista Inês e padrasto do médico Bruno Gemilaki Dal Poz, dirigiu a Ford Ranger usada na fuga da dupla mãe e filho. Já Éder teria confessado sua participação no crime, admitindo ter adentrado a residência, local do assassinato, em conjunto com Inês e Bruno.
Fonte: © Notícias ao Minuto