Caso em Igrejinha (90 km de Porto Alegre) envolve laudos periciais que indicam parada cardiorrespiratória após conduta perversa, ideação suicida e internação em clínica psiquiátrica.
Em um caso chocante que abalou a comunidade de Igrejinha, no Rio Grande do Sul, a Polícia Civil acredita que Gisele Beatriz Dias, mãe das duas vítimas, planejou e executou o crime com frieza. A suspeita é de que ela tenha envenenado suas filhas gêmeas em um intervalo de oito dias, deixando a cidade de 90 km de Porto Alegre em estado de choque.
A investigação revelou que Gisele, uma mãe que deveria ser protetora e cuidadora, pode ter testado o envenenamento em animais domésticos três meses antes de cometer o crime. Essa descoberta levanta questionamentos sobre a sanidade mental da genitora e sua capacidade de amar e cuidar de seus filhos. A maternidade é um papel sagrado, mas, infelizmente, nem todas as mães são capazes de exercê-lo com amor e dedicação. A busca por justiça é fundamental para que casos como esse não se repitam.
Investigação sobre a morte das gêmeas
De acordo com a polícia, a mãe das crianças, Gisele, negou qualquer envolvimento na morte das filhas em seu depoimento inicial. Ela afirmou apenas que as meninas estavam dormindo e morreram. No entanto, após sua prisão, ela ainda não foi ouvida pelos investigadores, que aguardam os laudos periciais para prosseguir com o caso. A genitora ainda não constituiu defesa no processo.
O pai das crianças, que vivia na mesma casa com Gisele e as filhas, prestou depoimento e não é suspeito de envolvimento no caso. Segundo a corporação, somente a mãe estava em casa nas duas mortes. Uma das crianças, Manoela, morreu no último dia 7, e a outra, Antonia, morreu nesta terça-feira (15). Elas tinham seis anos de idade e não apresentavam sinais aparentes de violência, embora tivessem quadros semelhantes, com parada cardiorrespiratória.
A progenitora apresentou quadro de delírio e ficou internada em uma clínica psiquiátrica por cerca de 40 dias antes de voltar ao convívio da família duas semanas antes da morte das filhas. O prontuário dessa internação, verificado pela polícia, indicava que a mãe apresentava uma conduta perversa. Além disso, a mãe teria desencadeado uma ideação suicida após a morte do único filho homem, que ocorreu há cerca de dois anos.
Investigação sobre a conduta da mãe
O delegado Ivanir Luiz Moschen Caliari, que preside o inquérito, afirmou que a única filha sobrevivente do casal disse, em depoimento, que o pai seria incapaz de participar do crime, mas que a mãe poderia tê-lo feito. Ela acrescentou que a mãe colocava remédio na comida do pai para que ele dormisse após conflitos. Além disso, três gatos da família, pertencentes às gêmeas, apareceram mortos no interior de casa, sem causa justificada.
A investigação aponta para uma possível premeditação e testagem do envenenamento nesses animais. O colégio onde as meninas estudavam informou que o pai era sempre presente e afetuoso, mas a mãe era distante. No decorrer das investigações, também foi descoberta uma acusação de estupro feita pela mãe contra o pai das meninas. Na época da denúncia, os dois estavam separados.
A materna morava em Taquara (RS) com seus pais, e o esposo morava em Igrejinha com as filhas após obter a guarda delas por ordem judicial. Conforme o processo, as gêmeas tiveram a guarda revertida para a mãe, mas o inquérito apontou que elas foram induzidas a afirmar que houve o abuso sexual e que a mãe somente queria conseguir a guarda delas. O pai teve a inocência provada por laudo pericial.
O IGP (Instituto Geral de Perícias) ainda vai entregar um laudo com a causa da morte das gêmeas, mas não há prazo para que isso aconteça. Estão sendo examinados alimentos encontrados na casa da família e amostras extraídas do corpo das vítimas.
Fonte: © Notícias ao Minuto
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