Para representantes do setor de óleo e gás: Magda’s energia consultoria, com governo proximidade, tem preocupado sobre conflito de interesses, indicações, políticas, restricções. Nomeação de representantes alinhada? Negócios gerenciados?
A nomeação de Magda Chambriard para a presidência da Petrobras (PETR4) em substituição a Jean Paul Prates, que foi demitido na véspera pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, gerou preocupações nesta quarta-feira (15) devido a possíveis conflitos de interesses, considerando sua relação próxima com o governo e experiência no setor privado. No entanto, a indicação de Magda Chambriard não deve ser descartada, apesar das controvérsias que cercam sua escolha.
Em meio a especulações sobre a nomeação de Magda Chambriard, a Petrobras enfrenta um momento crucial em sua gestão, buscando estabilidade e liderança para superar desafios internos e externos. A possível chegada de Chambriard como presidente da Petrobras pode representar uma mudança significativa na direção da empresa, trazendo novas perspectivas e estratégias para enfrentar os obstáculos atuais.
Magda Chambriard: Restrições e Conflitos na Nomeação para a Presidência da Petrobras
A Lei das Estatais estabelece limitações claras em relação às indicações políticas para cargos públicos. Para representantes do setor de óleo e gás consultados pelo Infomoney, a atuação de Magda Chambriard como assessora fiscal na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) e sua participação como sócia em uma consultoria de energia não devem ser um obstáculo para sua possível nomeação na Petrobras. Conflitos desse tipo já foram obstáculos em nomeações anteriores na estatal.
Adriano Pires, sócio-fundador e diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), expressa confiança: ‘Acredito que isso será superado’, destacando a falta de preocupações do governo atual com possíveis conflitos de interesses. Ele próprio foi cotado para assumir a presidência da Petrobras em março de 2022, porém declinou do convite, justificando a incompatibilidade entre seu trabalho como consultor no CBIE, onde atuava há mais de duas décadas, e a liderança na estatal. Em sua carta ao ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, Pires ressaltou a necessidade de afastamento da consultoria ao assumir um cargo governamental.
Pires enfatiza a prática comum de se afastar de atividades de consultoria ao ingressar no governo e a posterior restrição de atuação após deixar o cargo. Ele reconhece que preocupações semelhantes em relação à sua consultoria de energia o levaram a declinar do convite, valorizando seu conhecimento e credibilidade. Contudo, ele acredita que tais preocupações não devem se repetir sob a administração atual, dada a mudança de cenário.
Uma fonte consultada pelo Infomoney destaca a necessidade de aplicar certas restrições para viabilizar a nomeação de Magda, como a cessação de atividades comerciais com a empresa. Enrico Cozzolino, sócio e responsável pela análise na Levante Investimentos, reconhece um potencial conflito de interesses na indicação de Magda, porém acredita que pode ser administrado de forma eficaz.
A gestão de Magda na Agência Nacional de Petróleo (ANP) durante o governo anterior é vista como um indicativo de sua atuação na Petrobras. Para uma fonte próxima a Magda e ao ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, a escolha da nova presidente deve garantir um alinhamento total com a pasta e não deve resultar em mudanças substanciais na gestão, considerando a improvável alteração regulatória.
Mesmo possíveis mudanças na equipe técnica não devem ser significativas. Historicamente, alterações na diretoria têm pouco impacto em profissionais com longa trajetória na petroleira. A prioridade, segundo essa fonte, é uma postura mais alinhada com as áreas de petróleo e gás, em contraposição a investimentos em outros setores.
Fonte: @ Info Money
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