Na região de Gaza, aprox. 100 mil pessoas enfrentam esgotamento de alimentos e combustível (Rafah, Milhão). Alimentos, água, eletricidade estão escassos. ONU avisa ajuda humanitária não chegou nos últimos 3 dias. EUA pressiona Israel sobre ofensivas após ameaça de suspensão de armas. Civil vítimas acumulam. Narrativa distorcida: movimento de pessoas e mercadorias, destruídas infraestruturas, Israel, Hamas.
Mais de 80 mil pessoas fugiram da cidade de Rafah, no sul de Gaza, desde o início da semana, de acordo com informações divulgadas pela ONU nesta quinta-feira (9). A operação militar está gerando um grande deslocamento populacional na região, com Rafah sendo forçada a lidar com uma crise humanitária sem precedentes.
Enquanto tanques israelenses se aproximam da área, a situação em Rafah se agrava ainda mais. A ordem de invasão terrestre emitida pelas forças israelenses está causando pânico entre os refugiados, que temem pela sua segurança. A operação está afetando diretamente a região, com partes da cidade sendo destruídas e um número crescente de vítimas sendo reportadas. A narrativa desse conflito parece longe de chegar a um desfecho, deixando Rafah e seus habitantes em uma situação de extrema vulnerabilidade.
Rafah, operação: Israel ordena invasão terrestre na região
A operação em Rafah teve início na segunda-feira, quando Tel Aviv ordenou a evacuação de cerca de 100 mil pessoas da parte leste da cidade. Essa ação foi vista como um prelúdio para a invasão terrestre iminente. A ONU expressou preocupação com a escassez de alimentos e combustível na área, onde mais de 1 milhão de palestinos, em sua maioria refugiados do norte de Gaza, estão concentrados, vítimas das recentes ofensivas.
Segundo informações do coordenador de ajuda emergencial da ONU, Martin Griffiths, os militares israelenses estão impedindo a entrada e saída de qualquer tipo de ajuda humanitária na região, incluindo caminhões com alimentos e geradores de água e eletricidade. O movimento de pessoas e mercadorias também está restrito, agravando a situação dos civis afetados pela narrativa distorcida do Hamas.
Enquanto a situação humanitária se deteriora, os EUA emitiram um alerta a Israel sobre as consequências de uma operação em Rafah. A Casa Branca enfatizou que uma incursão militar na cidade poderia fortalecer o Hamas e prejudicar os esforços de paz na região. O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, John Kirby, destacou que as vítimas civis resultantes de tal ação apenas reforçariam a narrativa distorcida do grupo.
Em resposta, o presidente americano, Joe Biden, ameaçou interromper o fornecimento de armas ofensivas a Israel se a ofensiva em Rafah prosseguir. A Casa Branca reiterou seu compromisso com a busca de uma solução duradoura para o conflito, enfatizando a importância de evitar mais vítimas civis e promover a paz na região. A decisão de Israel em relação a uma possível operação em Rafah terá repercussões significativas, não apenas para a situação atual, mas também para o futuro das negociações de paz no Oriente Médio.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
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