Ministério da Saúde, CNS e Fiocruz lançam plataforma Wiki para conectar saberes e práticas de movimentos sociais em todo o país.
Para fortalecer a construção de um SUS mais inclusivo e participativo, o Ministério da Saúde, em conjunto com o Conselho Nacional de Saúde (CNS) e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), está desenvolvendo o Mapa Colaborativo. Essa iniciativa visa reunir informações e experiências dos movimentos sociais em saúde, promovendo a integração e o compartilhamento de conhecimento entre os diversos atores envolvidos.
O Mapa Colaborativo é uma importante plataforma de colaboração que possibilita a conexão entre diferentes iniciativas e promove a participação social na construção de políticas públicas de saúde. Com a contribuição de todos, podemos fortalecer a rede de apoio e ampliar o impacto das ações em prol de uma saúde mais justa e igualitária.
Fortalecendo a Participação Social através do Mapa Colaborativo
Nos dias 4 e 5 de julho, representantes das instituições parceiras se reuniram no Rio de Janeiro para a oficina de governança do projeto, pactuando um plano de trabalho para a implementação da plataforma Wiki. A iniciativa tem como meta um SUS mais participativo, que valoriza a força dos movimentos sociais na construção do Mapa Colaborativo.
Lançado em 2023, durante a 17ª Conferência Nacional de Saúde, o Mapa Colaborativo já conta com a participação de movimentos sociais de todo o país, que compartilharão suas histórias de luta e resistência em prol da saúde. Esta plataforma de colaboração visa fortalecer a participação social e promover a construção coletiva do conhecimento.
Agora, o projeto se prepara para inaugurar uma plataforma Wiki, um espaço virtual que reunirá esses saberes e práticas, dando-lhes visibilidade e permitindo que os próprios movimentos sociais alimentem e atualizem o conteúdo de forma colaborativa. O lançamento do mapa está previsto para 11 de setembro, durante a reunião ordinária do CNS, em Brasília, promovendo a participação de todos na construção do Mapa Colaborativo.
Para a chefe da Assessoria de Participação Social e Diversidade do Ministério da Saúde e coordenadora do projeto, Lucia Souto, a ferramenta reconhece a importância histórica dos movimentos sociais na construção do direito universal à saúde no Brasil. ‘É fundamental que a gente dê visibilidade a essa histórica participação dos movimentos sociais em saúde’, ressalta, enfatizando a importância da participação social na construção do Mapa Colaborativo.
Plataforma Wiki Construída com base no software livre MediaWiki, o mesmo da Wikipédia, o objetivo é que o mapa seja um espaço vivo, em constante construção, e que reflita a diversidade e a riqueza das iniciativas populares em saúde. A plataforma de fortalecimento da participação social permite a colaboração de todos na construção do Mapa Colaborativo.
‘A escolha de uma plataforma livre, no caso a MediaWiki, é importante porque traz alguns aspectos que a tornam coerente com a nossa proposta de fazer um processo aberto e participativo de mobilização dos movimentos sociais’, explica Marcelo Fornazin, pesquisador em Saúde Pública da Fiocruz e coordenador da equipe técnica do projeto, destacando a importância da colaboração na construção do Mapa Colaborativo.
A opção por ferramentas open source demonstra o compromisso do Ministério da Saúde e parceiros com a democratização do acesso à informação e tecnologia. A plataforma Wiki, permite que os colaboradores não apenas contribuam com conteúdo, mas também participem do desenvolvimento e aprimoramento da ferramenta, promovendo a participação social e a construção colaborativa do Mapa.
Comunicação, participação social e democracia Conectar os movimentos sociais, facilitar a troca de experiências e fortalecer a atuação conjunta em defesa do SUS também são objetivos centrais do Mapa Colaborativo. Para isso, a comunicação do projeto terá papel fundamental, utilizando diferentes formatos para alcançar o público e engajá-lo na construção da plataforma de colaboração.
Heliana Hemetério, conselheira nacional de saúde pela Rede Nacional de Lésbicas e Bissexuais Negras Feministas (Candaces), destaca a importância de comunicar com clareza e acessibilidade: ‘O foco [da comunicação] é trazer a importância dos movimentos sociais para dentro do SUS. Tem que mostrar a importância do SUS, que não é somente atendimento médico como a maioria pensa’, pontua, ressaltando a participação social e a construção do Mapa Colaborativo como ferramentas de fortalecimento da democracia.
Fonte: @ Ministério da Saúde