Seca em Mato Grosso do Sul afeta municípios. Ações de resposta em andamento: Monitor de Secas, focos de calor, convocação de voluntários e campanhas de arrecadação.
O governo de Mato Grosso do Sul declarou estado de emergência nas cidades impactadas pelos incêndios florestais que assolam a região.
As queimadas têm causado grandes prejuízos ambientais e econômicos, deixando cicatrizes profundas na paisagem. É urgente a necessidade de combater os focos de fogo e promover a recuperação das áreas atingidas.
Medidas Emergenciais Contra os Incêndios em Mato Grosso do Sul
Publicado nesta segunda-feira (24), o decreto que estabelece ações de combate aos incêndios tem prazo de 1280 dias e autoriza os órgãos estaduais a atuarem sob a coordenação da Defesa Civil do Estado, em ações que envolvem resposta ao desastre, reabilitação do cenário e reconstrução. Os municípios afetados pelas queimadas estão sendo monitorados de perto para garantir uma resposta eficaz diante dos focos de fogo que assolam o estado.
Mato Grosso do Sul vem enfrentando, desde o início do ano, uma seca, com estiagem prolongada em grande parte do território. Os dados do Monitor de Secas da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) revelam uma situação preocupante, com um aumento exponencial dos focos de calor, resultando em cicatrizes de fogo que marcam a paisagem.
O decreto também autoriza a convocação de voluntários para reforçar as ações de resposta ao desastre e a realização de campanhas de arrecadação de recursos para auxiliar a população afetada. As ações de resposta ao desastre estão sendo coordenadas de forma eficiente pela Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil (CEPDEC/MS), que tem mobilizado esforços para minimizar os impactos das queimadas.
As autoridades administrativas e os agentes de defesa civil estão autorizados a tomar medidas emergenciais, incluindo a entrada em residências para prestar socorro e a utilização de propriedades particulares em casos de iminente perigo público. A prioridade é garantir a segurança da população e minimizar os danos causados pelos incêndios que assolam o estado.
O Pantanal, conhecido como a maior área úmida contínua do planeta, tem sido duramente afetado pelos incêndios, com um aumento significativo no número de focos de fogo. O Programa de Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) registrou um aumento alarmante nas ocorrências de incêndios, deixando marcas de fogo que se espalham pela região.
Diante do cenário de seca extraordinária, a ANA declarou situação crítica de escassez quantitativa dos recursos hídricos na região hidrográfica do Paraguai, com vigência até 31 de outubro de 2024. A convocação de voluntários e a mobilização de recursos são essenciais para enfrentar a crise e garantir a assistência necessária à população afetada pelos incêndios.
A pesquisa divulgada pela rede de pesquisa MapBiomas revelou que o Pantanal é o bioma mais afetado por queimadas, com milhões de hectares devastados pelo fogo. Os municípios de Corumbá e outras regiões do Pantanal estão entre os mais atingidos, com cicatrizes de fogo que marcam a paisagem e evidenciam a gravidade da situação.
Os prejuízos provocados pelos incêndios são expressivos, tanto em termos ambientais quanto econômicos, e exigem ações imediatas para conter os danos. O governo estima um prejuízo de mais de R$ 17 bilhões para a agropecuária pantaneira, destacando a urgência de medidas eficazes para combater os incêndios e proteger a biodiversidade da região.
Fonte: © Notícias ao Minuto