American lived over 70 years inside a machine created to aid polio patients. The disease is vaccine-preventable and highly contagious.
No decorrer desta semana, o público recebeu a notícia do falecimento de Paul Alexander, o homem que ficou conhecido pelo apelido de ‘pulmão de aço’. Aos 78 anos, ele partiu deixando seu legado e história marcada na memória de muitos.
Paul Alexander, que foi diagnosticado com poliomielite aos 6 anos de idade, ultrapassou diversas barreiras ao longo de sua vida graças ao seu dispositivo médico inovador. Seu legado permanecerá vivo através das gerações, inspirando muitos com sua força e determinação.
‘Pulmão de aço’: A história de superação de Paul Alexander
Em decorrência da doença, ele ficou paralisado e precisava de um aparelho que funcionava como um ‘pulmão artificial’ para respirar. Paul passou 72 anos dentro do pulmão de aço e se tornou um exemplo de superação para muitos. Apesar das dificuldades, o americano se tornou advogado, escreveu um livro sobre a sua história e, ocasionalmente, compartilhava vídeos nas redes sociais, onde soma mais de 300 mil seguidores. Paul Alexander, conhecido como homem do ‘pulmão de aço’ Foto: Tiktok ironlungman
A importância da vacinação contra a poliomielite
O que é a poliomielite? A poliomielite, conhecida como pólio ou paralisia infantil, é uma doença contagiosa provocada pelo poliovírus. De acordo com a pediatra Mônica Levi, presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), trata-se de um vírus facilmente transmissível que afeta principalmente as crianças e pode causar paralisias musculares, mais comumente nos membros inferiores do corpo, e até a morte. A pólio não tem cura e a única forma de prevenção contra a doença é a vacinação.
A importância da imunização em massa
Devido à imunização em massa, segundo a pediatra, foi possível eliminar a pólio no Brasil. Entre as décadas de 1950 e 1980 era comum ver crianças com pernas mecânicas e pessoas respirando a partir de ‘pulmões de aço’ em decorrência da doença, conta a especialista. Isso não significa, contudo, que a vacinação não é mais necessária — muito pelo contrário. O vírus da pólio ainda está em circulação em outros países e, segundo Levi, há risco de retorno ao Brasil. A procura pela vacinação está baixa. Eu acredito que isso acontece porque os pais mais jovens não viram os estragos da doença, já que sua geração foi vacinada. Mas, não é hora de baixar a guarda, alerta.
A importância da vacinação na infância
De acordo com o Ministério da Saúde, todas as crianças menores de 5 anos devem ser vacinadas contra a pólio. Desde 2016, segundo a pasta, o esquema vacinal é composto por três doses da vacina injetável (VIP), aos 2, 4 e 6 meses, e mais duas doses de reforço via oral (VOP), aos 15 meses e 4 anos em gotinha. Ainda, segundo a pediatra, os adultos também podem pegar a doença e precisam estar imunizados, sobretudo se forem viajar para locais em que o vírus da pólio ainda está em circulação. O pulmão de aço é um dispositivo médico criado para possibilitar a respiração de pacientes infectados com o vírus da pólio e tiveram a musculatura pulmonar afetada.
A tecnologia por trás do ‘pulmão de aço’
O que é o pulmão de aço? Trata-se de um dispositivo médico criado por docentes da Faculdade de Medicina da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, em 1928. A ideia era possibilitar a respiração de pacientes com pólio cuja musculatura pulmonar foi afetada pela doença e, por isso, não conseguiam respirar sozinhos. A tecnologia funciona de forma semelhante a um vácuo. A partir de um motor é liberada pressão sob o corpo do paciente para forçar a entrada e saída de ar dos pulmões, enquanto a cabeça fica para fora, de acordo com matéria publicada no site de Harvard. Levi destaca, contudo, que nem todos os pacientes infectados com pólio precisam dessa ferramenta. A gravidade da doença varia de pessoa para pessoa, justifica.
Fonte: @ Estadão