Publicação de Michele Abreu: Terreiros de Macumba – prática falsa, ira de Deus, trágica situação. Calamidade pública: conteúdos relacionados irreligiosos.
O Ministério Público de Minas Gerais denunciou a influenciadora digital Michele Abreu por intolerância religiosa, devido a postagens que relacionavam a crise de calamidade pública no Rio Grande do Sul com religiões de origem africana. Ela recebeu a proibição de sair do país e de compartilhar novos conteúdos semelhantes nas redes sociais. A acusação foi fundamentada no artigo.
Apesar de ser uma situação específica, a orientação para pessoas influentes ou influenciadoras é clara: o respeito à diversidade religiosa é fundamental e atitudes discriminatórias não são aceitáveis. É importante lembrar que a liberdade de expressão tem limites e o respeito ao próximo é essencial em qualquer circunstância, mesmo quando a situação não aplicável diretamente a todos.
Pessoas influentes ou influenciadoras e a calamidade pública
No dia 5 de maio, uma figura conhecida por suas postagens polêmicas nas redes sociais gerou controvérsia ao associar as recentes enchentes no Rio Grande do Sul à existência de terreiros de macumba na região. Em um vídeo divulgado em suas redes sociais, a influenciadora fez comentários que geraram indignação e repúdio por parte do público.
Durante a gravação, a influenciadora mencionou que o Rio Grande do Sul possui um número significativo de terreiros de macumba, superando até mesmo a Bahia nesse aspecto. Além disso, fez menção a profecias sobre a ocorrência de eventos trágicos no estado, atribuindo tais acontecimentos à suposta ira de Deus.
A repercussão do vídeo foi imediata, alcançando milhões de visualizações e despertando críticas e debates acalorados. O Ministério Público de Minas Gerais se manifestou sobre o caso, destacando a gravidade das declarações da influenciadora e sua potencial influência negativa sobre milhares de seguidores.
A promotora de Justiça Ana Bárbara Canedo Oliveira enfatizou que as declarações da influenciadora não apenas configuram um crime, mas também incitam a discriminação, o preconceito e a intolerância em relação às religiões de matriz africana. Diante disso, foram solicitadas medidas cautelares para evitar a disseminação de conteúdos prejudiciais.
Entre as medidas propostas, está a proibição da influenciadora de sair do país e de publicar conteúdos que denigram as religiões de matriz africana ou que estejam relacionados de forma falsa à situação de calamidade no Rio Grande do Sul. A denúncia ressalta que, em caso de condenação, a influenciadora pode enfrentar uma pena de reclusão de dois a cinco anos, além de multa.
O processo em questão, identificado sob o número 5013786-28.2024.8.13.0105, segue em andamento, e a repercussão desse episódio levanta questões importantes sobre a responsabilidade das pessoas influentes ou influenciadoras na disseminação de informações e na promoção do respeito e da diversidade religiosa. A sociedade aguarda por desdobramentos que possam contribuir para um debate mais consciente e respeitoso sobre essas questões sensíveis.
Fonte: © Migalhas