Mural no centro de São Paulo destaca líder indígena na luta contra incêndios florestais e enchentes.
O artista de rua e ativista Mundano criou um mural gigante em São Paulo que chama a atenção para o problema do desmatamento no Brasil. O trabalho, que foi inaugurado recentemente na lateral de um prédio de 11 andares no centro da cidade, utiliza cinzas de incêndios florestais e lama de enchentes para transmitir uma mensagem poderosa sobre a necessidade de proteger nossas florestas.
A obra de Mundano é um protesto contra a destruição das nossas florestas e a devastação causada pelo desmatamento. O artista busca conscientizar a população sobre a importância de preservar o meio ambiente e evitar a exploração desenfreada dos recursos naturais. Com seu mural, Mundano acrescenta uma mensagem colorida e incisiva à rica coleção de grafites da capital paulista, reforçando a ideia de que a arte pode ser um poderoso instrumento de mudança. É hora de agir para proteger o futuro do nosso planeta.
Desmatamento: um problema que afeta o planeta
O Brasil é o 8º maior poluidor plástico do planeta e o 1º da América Latina, segundo um relatório recente. Além disso, o país está enfrentando uma crise ambiental sem precedentes, com a destruição de grandes extensões de floresta tropical na Amazônia. A devastação causada por incêndios florestais e a exploração desenfreada de recursos naturais estão contribuindo para a emergência climática que está acontecendo.
Um mural pintado com cores feitas com as cinzas de incêndios florestais e lama proveniente de grandes enchentes no Rio Grande do Sul é um exemplo disso. A obra, criada pelo artista Mundano, retrata tocos de árvores de uma floresta queimada e o rosto de uma mulher indígena segurando um cartaz que diz: ‘Stop the Destruction’ (Pare a destruição). A mulher retratada é a líder indígena Alessandra Korap Munduruku, que liderou uma campanha bem-sucedida para impedir que empresas multinacionais de mineração explorassem as terras ancestrais de seu povo na Amazônia.
Desmatamento: um problema que afeta a Amazônia
O mural de Mundano é um protesto contra as empresas que têm avançado com a fronteira agrícola para a floresta amazônica com plantações de soja em larga escala e criação de gado para carne bovina. A empresa norte-americana de grãos Cargill é um dos alvos específicos do mural, que pintou temporariamente os nomes dos membros da família Cargill no mural. Mundano deseja que a família Cargill, proprietária da empresa, mantenha sua palavra de que removerá o desmatamento de sua cadeia de suprimentos.
A Cargill disse em comunicado que se comprometeu a eliminar o desmatamento de sua cadeia de suprimentos das principais culturas no Brasil até 2025 e de sua cadeia de suprimentos de soja na América do Sul até 2030. No entanto, Mundano afirma que o mural foi baseado em informações precisas e que a Cargill ainda tem muito a fazer para cumprir seu compromisso.
Desmatamento: um problema que afeta o futuro do planeta
Além de cinzas e lama, Mundano usou argila de reservas indígenas que lutam para ter seus direitos à terra reconhecidos, muitas vezes em conflitos com fazendeiros. O mural também apresenta tinta feita de urucum, uma fruta tropical vermelha usada como pintura corporal pelos povos indígenas. Mundano afirma que o mural é uma forma de protesto contra a destruição do desmatamento de biomas de ecossistemas que vêm contribuindo para a emergência climática que está acontecendo.
‘Os nomes que a gente está escrevendo aqui…são bilionários desse planeta, que estão vivendo ainda num modelo baseado na destruição do desmatamento de biomas de ecossistemas que vêm contribuindo para essa emergência climática que está acontecendo’, afirmou Mundano. O mural é uma forma de chamar a atenção para o problema do desmatamento e da destruição do meio ambiente, e de inspirar as pessoas a tomar ação para proteger o planeta.
Fonte: @ Terra