Educafro pressionou por renovação da Década Internacional das Pessoas Afrodescendentes da ONU, considerando pouco resultado na primeira década.
A Organização das Nações Unidas (ONU) acaba de adotar uma resolução histórica: a Segunda Década Internacional para os Afrodescendentes, de 2025 a 2034, com o tema ‘reconhecimento, justiça e desenvolvimento’. Essa medida tem como objetivo promover a igualdade de direitos e oportunidades para os afrodescendentes em todo o mundo. A luta contra o racismo e a discriminação é um desafio global.
A comunidade afro-brasileira e afro-latino, em particular, tem enfrentado obstáculos significativos ao longo da história. A desigualdade racial é uma realidade cruel. A adoção dessa resolução é um passo importante para reconhecer os direitos e contribuições dos afrodescendentes. Além disso, é um chamado à ação para que os governos e a sociedade civil trabalhem juntos para superar as barreiras que impedem o pleno exercício da cidadania dos negros. Frei David dos Santos saudou a iniciativa, ressaltando a importância de garantir justiça e desenvolvimento para todos, independentemente da cor da pele ou origem étnica.
Uma Nova Era para os Afrodescendentes
A 79ª Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou, por consenso, uma resolução histórica que proclama a Segunda Década Internacional para os Afrodescendentes, que ocorrerá de 1º de janeiro de 2025 a 31 de dezembro de 2034. Sob o tema ‘reconhecimento, justiça e desenvolvimento’, esta década temática visa promover a igualdade e justiça para a população afrodescendente em todo o mundo.
O Brasil, juntamente com a Colômbia, Costa Rica, Jamaica e os Estados Unidos, apresentou o texto da resolução. A Educafro, uma organização não governamental brasileira, desempenhou um papel fundamental na pressão para a renovação da Década Internacional para os Afrodescendentes.
Frei David dos Santos, da Educafro, enfatizou a importância de uma abordagem mais séria e comprometida com a questão afrodescendente. ‘A primeira década foi um fracasso devido à falta de recursos e investimento. Agora, é hora de mudar isso’, disse ele.
A pressão para a renovação da década veio de vários países, incluindo o Peru, os Estados Unidos, países africanos e o Brasil. A Educafro enviou uma carta ao Papa Francisco em 2020 e entregou uma demanda em mãos na sede da ONU, por meio da senadora Martha Suplicy.
O Legado da Primeira Década
A primeira Década Internacional para os Afrodescendentes, que ocorreu de 2015 a 2024, foi marcada por desafios e obstáculos. A falta de recursos e investimento foi um dos principais motivos do seu fracasso. No entanto, a década também trouxe avanços importantes, como a criação de políticas públicas e programas de ação afirmativa em vários países.
A segunda década temática visa aprender com os erros do passado e promover uma abordagem mais eficaz para a igualdade e justiça para os afrodescendentes. Com um tema mais amplo e abrangente, a década visa promover o reconhecimento, a justiça e o desenvolvimento para a população afrodescendente em todo o mundo.
O Papel do Brasil
O Brasil desempenhou um papel fundamental na promulgação da resolução que proclama a Segunda Década Internacional para os Afrodescendentes. O país tem uma longa história de luta pela igualdade e justiça para a população afrodescendente, e a Educafro é uma das principais organizações não governamentais que trabalha para promover os direitos dos afrodescendentes no Brasil.
A segunda década temática é uma oportunidade para o Brasil e outros países membros da ONU promoverem a igualdade e justiça para a população afrodescendente. Com um compromisso renovado e um cronograma e orçamento definidos, a década visa promover um futuro mais justo e igualitário para todos.
Fonte: @ Terra