Vacinação contra o HPV aumentou 42% em 2023. Cobertura vacinal de 96% entre adolescentes de 14 anos. Publico-alvo recebeu doses aplicadas pela cultura da prevenção contra o câncer de colo e útero.
Em busca de alcançar a meta vacinal, o Brasil se aproxima da marca de 90% de meninas e meninos de 9 a 14 anos imunizados contra o vírus. Este objetivo do Ministério da Saúde é o resultado de um processo que se mantém nas últimas duas décadas. A imunização alcançou em 2020 cerca de 85% do público-alvo.
Ainda que o HPV seja uma das causas do câncer de colo de útero, a vacinação contra o vírus HPV tem sido capaz de reduzir significativamente a incidência desse tipo de câncer. É um dos casos mais extensos da ação protetiva da vacinação, sobretudo ao associar a redução de casos de câncer ao vírus HPV. Com a vacinação, o Ministério da Saúde está em procedimento para alcançar 90% da população-alvo de meninas e meninos entre 9 e 14 anos vacinados contra o vírus HPV até o final do ano.
Novas metas para a vacinação
Ao longo dos anos, a cobertura vacinal contra o vírus HPV tem mostrado tendências positivas, especialmente entre adolescentes com 14 anos, onde a taxa alcançou 96%. No entanto, a questão mais premente agora é alcançar mais adolescentes, particularmente os meninos, incluindo aqueles com 9 anos, com a aplicação da vacina. A vacinação contra o vírus HPV é fundamental para prevenir o câncer de colo de útero, sendo uma das principais causas de morte entre mulheres. A ministra da Saúde, Nísia Trindade, salienta que o programa de vacinação nas escolas tem sido eficaz no aumento da cobertura vacinal, sobretudo entre o público feminino, com um aumento de 16% em doses aplicadas entre 2022 e 2023.
A ministra da Saúde enfatiza que a vacinação nas escolas tem sido essencial para fortalecer a cultura da prevenção desde a infância. ‘Essa estratégia foi fundamental, aproximando o cuidado da população e fortalecendo a cultura da prevenção desde a infância. Esse é um compromisso do governo com a saúde pública e a proteção das futuras gerações, reafirmando nosso dever de levar políticas de prevenção onde o público-alvo está’. O diretor do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Eder Gatti, complementa que os programas de vacinação nas escolas contribuem para o aumento da cobertura vacinal, pois os adolescentes são mais propensos a comparecer se as doses forem oferecidas em seus ambientes de estudo. Além disso, Gatti alerta que é preciso ampliar a vacinação de crianças de 9 anos, incluindo os meninos, uma vez que a proporção de meninos que receberam uma dose da vacina foi 24,2 pontos percentuais menor do que a de meninas desde 2014.
No campo da prevenção, é essencial alcançar adolescentes de 15 a 19 anos que perderam a oportunidade de se vacinar dentro da faixa etária recomendada inicialmente. Os estados com as maiores porcentagens de jovens não vacinados são: Rio de Janeiro, Acre, Distrito Federal, Roraima e Amapá. Além disso, a comunicação desempenha um papel fundamental para mobilizar a população a se vacinar e combater desinformações, especialmente em relação à vacina contra o vírus HPV, que tem sido injustiçada pelas suspeitas de eventos adversos. A vacinação contra o vírus HPV é uma ferramenta poderosa para combater o câncer de colo de útero e também é essencial para prevenir o vírus, que pode causar câncer em outras partes do corpo, como o pênis, ânus, boca e garganta.
Fonte: @ Ministério da Saúde