Elogiar as crianças fortalece a autoestima e ajuda a construir adultos confiantes, evitando a falta de reconhecimento e promovendo um aprendizado emocional saudável.
Quando somos pais, tudo o que fazemos – ou deixamos de fazer – tem um impacto significativo na vida de nossos filhos. Nos primeiros anos de vida, o aprendizado emocional é bem intenso e molda muito do que seremos como adultos. E é aí que entra a importância dos elogios, que podem ser um poderoso instrumento para moldar a autoestima e a confiança de nossos filhos.
Quando damos elogios sinceros e específicos, estamos não apenas reconhecendo o esforço e a habilidade de nossos filhos, mas também oferecendo um incentivo para que eles continuem a se esforçar e a se desenvolver. Além disso, os elogios podem ser uma forma de validação emocional, mostrando a nossos filhos que eles são valorizados e respeitados. A atenção positiva é fundamental para o desenvolvimento emocional saudável de nossos filhos, e os elogios são uma forma eficaz de fornecer essa atenção.
O Poder dos Elogios na Infância
De acordo com psicólogos, o incentivo e os sinais de atenção que damos às crianças são fundamentais para o desenvolvimento da autoestima e da confiança. No entanto, o que acontece com quem não recebeu muitos elogios na infância? Estudos mostram que a falta de reconhecimento nessa fase pode ter um impacto profundo no comportamento na vida adulta. Pessoas que não foram incentivadas podem acabar reproduzindo esse padrão de desatenção emocional com seus próprios filhos ou desenvolverem dificuldades em lidar com a autoestima e relacionamentos.
A falta de afeto durante a infância pode se traduzir em uma série de dificuldades emocionais, como baixa autoestima, insegurança e até problemas de adaptação social. Sem o suporte emocional adequado, muitos acabam desenvolvendo relacionamentos dependentes ou sentindo medo da solidão. Isso mostra o impacto direto do que vivemos enquanto crianças em nossas atitudes adultas. É importante lembrar que exagerar nos elogios também pode ser prejudicial. O método Montessori aponta que elogiar excessivamente ou de forma avaliativa pode gerar uma dependência emocional pelos elogios, o que cria uma busca constante por validação externa.
O Elogio Descritivo: Uma Abordagem Mais Equilibrada
Em vez disso, especialistas recomendam o ‘elogio descritivo’, que foca em reconhecer o esforço e as ações da criança de maneira mais realista e construtiva. Encontrar um equilíbrio é essencial. Elogiar de forma sincera, sem exageros, pode ajudar a criança a crescer confiante, sabendo que seus esforços são reconhecidos, mas sem criar uma dependência de recompensas externas. Afinal de contas, o que aprendemos na infância não só molda quem somos, mas também como lidamos com o mundo ao nosso redor.
O elogio descritivo é uma forma de incentivar o crescimento de uma criança, mas o tipo de elogio que oferecemos faz toda a diferença. Muitas vezes, acabamos utilizando elogios avaliativos, que julgam o que a criança fez, em vez de descrever o que foi feito. Isso promove o pensamento independente e fortalece a autoestima de uma maneira mais saudável. Por exemplo, em vez de dizer ‘uau, que quarto arrumado!’, você pode tentar algo como: ‘Você arrumou o quarto sozinho! Deve estar orgulhoso de si mesmo, né?’ Essa pequena mudança no tom e na linguagem pode fazer uma grande diferença no desenvolvimento da autoestima da criança.
A Busca por Validade e o Equilíbrio no Incentivo
A busca por validade é um aspecto importante do desenvolvimento da autoestima. No entanto, é importante encontrar um equilíbrio entre o incentivo e a validação. O excesso de elogios pode criar uma dependência emocional, enquanto a falta de elogios pode levar à baixa autoestima. O elogio descritivo é uma forma de encontrar esse equilíbrio, pois reconhece o esforço e as ações da criança de maneira realista e construtiva. Além disso, é importante lembrar que a atenção e o reconhecimento são fundamentais para o desenvolvimento da autoestima e da confiança. A falta de atenção e reconhecimento pode levar a dificuldades emocionais e relacionamentos dependentes.
Fonte: @ Minha Vida