O retorno sobre o patrimônio líquido médio sobe para 17% e CEO Mario Leão afirma que a concessão de crédito será conservadora. O banco busca manter rentabilidade com alta dos juros, mantendo margem financeira e despesas liquidas controladas, com expectativa de crescimento e desempenho líquido acima, recursos alocados em carteira ampliada, sem capital locado.
O Santander Brasil inaugurou a temporada de balanços dos grandes bancos com um desempenho acima do esperado pelos analistas, que se basearam em um lucro líquido gerencial de R$ 3,6 bilhões, um aumento de 34,3% em relação ao mesmo período do ano anterior, superando a média das estimativas de R$ 3,5 bilhões, segundo dados coletados pela Bloomberg. O resultado foi possível graças à estratégia de crédito adotada pela instituição, que permitiu um maior investimento em financiamento e em empréstimo.
A estratégia de crédito do Santander Brasil foi fundamental para o sucesso do banco, pois permitiu uma maior diversificação dos investimentos e uma maior eficiência no gerenciamento de riscos. Além disso, a instituição também investiu em investimento a longo prazo, o que permitiu uma maior estabilidade financeira e uma maior capacidade de gerar crédito para os clientes.
Desafios no Mercado financeiro
O Santander enfrentou um período de baixo desempenho, afetado pela pandemia, porém, o resultado do terceiro trimestre de 2024 foi comemorado pelo CEO do banco, Mario Leão, como um passo concreto em direção à recuperação. A expectativa é de um crescimento da carteira de crédito, mas abaixo da média do mercado, e a rentabilidade permanece como um mantra nos últimos trimestres. A margem financeira bruta avançou 15,8% em relação ao mesmo período de 2023, para R$ 15,2 bilhões.
Crédito e Concessão
A disciplina na alocação de capital começou a ser aplicada com mais ênfase no terceiro trimestre, escolhendo onde colocar os recursos considerando a rentabilidade e a relação com os clientes. Essa situação foi vista especialmente na parte de atacado no terceiro trimestre, onde a carteira do atacado tem caído, pois o retorno marginal de muitas operações não tem se justificado. A expectativa é de um crescimento da carteira de crédito, mas abaixo da média do mercado.
Recursos Alocados e Carteira Ampliada
A carteira de crédito ampliada cresceu 6,1%, para R$ 663,5 bilhões, e a margem financeira bruta avançou 15,8% em relação ao mesmo período de 2023, para R$ 15,2 bilhões. O CEO do Santander, Mario Leão, destacou que o banco está diminuindo, enxugando, mas não está diminuindo o capital, apenas alocando-o em outras áreas com maior rentabilidade.
Despesas Líquidas e Provisões
As despesas líquidas com provisões para devedores duvidosos (PDD) avançaram 4,7%, para R$ 5,9 bilhões, mas a situação em pessoa física continua controlada, devido ao público com quem o banco vem buscando atrair nos últimos anos, com mais recursos e transacionais, e ao ritmo mais comedido das concessões.
Financiamento e Investimento
O crescimento da concessão de crédito poderia até vir, mas seria ao custo material de provisão lá na frente, que não estão dispostos a pagar. A rentabilidade permanece como um mantra nos últimos trimestres, e a disciplina na alocação de capital é fundamental para o sucesso do banco. O Santander está apostando em um modelo de financiamento mais descentralizado, com investimentos em diferentes setores, para manter a rentabilidade e a estabilidade.
Fonte: @ NEO FEED