Ação federal de 4 a 10 de março na terra indígena Yanomami visou combater garimpo ilegal; empresa SpaceX e bilionário Elon Musk envolvidos.
A recente Operação Catrimani II, coordenada pelo governo federal, resultou na apreensão de 24 antenas Starlink da empresa SpaceX, pertencente ao visionário Elon Musk, localizadas na terra indígena Yanomami. O desdobramento da ação, executada de 4 a 10 de março, contou com a participação da Casa de Governo em parceria com a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e demais órgãos estatais.
As antenas de Musk confiscadas durante a Operação Catrimani II representam um marco nas medidas de preservação ambiental e cultural das comunidades indígenas, evidenciando a importância da regulamentação do uso de tecnologias como as antenas Starlink. A atuação conjunta das autoridades visa garantir a proteção do patrimônio territorial e cultural das populações originárias, sinalizando um passo significativo na promoção do equilíbrio sócio-ambiental da região.
Operação combate o garimpo ilegal na terra indígena Yanomami
As autoridades, majoritariamente militares, realizaram a ação que resultou na inutilização de 38,4 mil litros de óleo diesel e 6,6 mil litros de gasolina de avião, utilizados no garimpo ilegal. A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) inspecionou nove pontos de abastecimento e 15 postos revendedores, emitindo 19 autos de infração, três autos de interdição e 26 notificações.
A empresa SpaceX Elon Musk, por meio das antenas de Musk, também teve papel crucial, facilitando a comunicação entre os infratores. Além disso, 180 pistas de pouso clandestinas foram identificadas durante a operação.
Durante a ação, foram destruídos 200 motores, 36 geradores de energia, 49 acampamentos, quatro aeronaves e 12 balsas, com outras três apreendidas. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) inspecionou 121 aeronaves, resultando em duas apreensões.
Intervenção para conter a crise humanitária na terra indígena Yanomami
A Casa de Governo, estabelecida em Boa Vista, Roraima, desde março, foi criada para lidar com a crise humanitária na terra indígena Yanomami. Contando com o apoio de órgãos como a Funai, o ICMBio, a AGU e a PF, a estrutura já demonstra resultados concretos em 2024, fruto de um esforço coordenado e planejado.
O diretor da Casa de Governo, Nilton Tubino, destacou a determinação do presidente em garantir a proteção e a paz dos Yanomami. As ações em andamento buscam assegurar que a terra indígena seja preservada e suas comunidades protegidas.
A prisão de um piloto de helicóptero, cuja aeronave foi destruída pelo Exército, foi mantida pela Justiça Federal, reforçando o compromisso com a aplicação da lei e a proteção do território indígena. A atuação conjunta dos órgãos federais mostra um esforço contínuo para combater atividades ilegais e preservar a integridade da comunidade Yanomami.
Fonte: @ Metropoles
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