Maximizar o valor de um negócio exige entender estratégias alternativas, como gestão de cadeias, coordenação de modelos, otimização da cadeia, terceirização e 3rd Party Logistics.
A terceirização é um conceito fundamental na gestão de cadeias logísticas, e é exatamente sobre isso que vamos falar hoje. Graças à colaboração com Camila Affonso e Joseph Boukai, especialistas em avaliações logísticas do Leggio Group, vamos explorar os conceitos-chave relacionados à terceirização e à gestão de uma cadeia logística eficiente.
Quando se trata de terceirização, é comum ouvir falar sobre a contratação de terceiros para realizar tarefas específicas. Isso pode incluir a contratação de empresas terceiras para gerenciar a armazenagem, o transporte e a distribuição de produtos. A terceirização pode ser uma estratégia eficaz para reduzir custos e melhorar a eficiência, mas é importante entender as diferentes opções disponíveis, como as estratégias 1PL, 2PL, 3PL e 4PL. A escolha certa pode fazer toda a diferença na gestão de uma cadeia logística. Além disso, é fundamental considerar a qualidade dos serviços oferecidos pelos terceiros e a capacidade deles de atender às necessidades específicas da sua empresa.
Entendendo a Terceirização e a Gestão da Cadeia Logística
A terceirização é um conceito amplamente difundido e conhecido, que se refere ao processo pelo qual uma empresa contrata outra para realizar atividades e/ou serviços que não são o seu foco. No universo logístico, isso pode incluir transporte, armazenagem e outras operações relacionadas. A gestão da cadeia logística envolve a coordenação e otimização de todas as atividades logísticas necessárias entre a produção e a entrega de um determinado produto.
Modelos de Terceirização e Gestão
Os modelos de 1PL, 2PL, 3PL e 4PL representam os diferentes níveis de terceirização e gestão. PL, em rigor, significa Party Logistics. A sigla 1PL se refere a First-Party Logistics, que é o modelo utilizado para caracterizar a situação na qual a própria empresa é responsável por toda a sua logística. Nesse caso, a empresa é autossuficiente e não precisa contratar terceiros.
Já o modelo de 2PL (sigla em inglês para Second-Party Logistics) caracteriza a contratação de empresas terceiras que fornecem serviços específicos de transporte ou armazenagem, atuando assim de forma bem definida e sem fazer a gestão da cadeia logística como um todo. Um exemplo de empresa 2PL é a UPS, que é amplamente reconhecida por seus serviços de transporte e entrega de encomendas.
Terceirização e Gestão Avançada
O 3PL (sigla em inglês para Third-Party Logistics) aumenta um nível em relação aos serviços de empresas 2PL, oferecendo uma gama mais ampla em seu portfólio, tais como gestão de inventário e distribuição. Este modelo exerce um papel intermediário entre duas pontas da cadeia logística, normalmente na armazenagem e no transporte. Um exemplo de operador 3PL é a CEVA Logistics.
Já o 4PL (sigla em inglês para Fourth-Party Logistics) abrange também o conceito de integrador da cadeia logística, ao gerenciar toda a cadeia de suprimentos de forma estratégica e potencialmente coordenar múltiplos fornecedores (2PLs ou 3PLs). A principal vantagem de um 4PL em relação a um 3PL é a busca holística da otimização em processos logísticos para os seus clientes. Um exemplo de operador 4PL é a DHL Supply Chain.
Escolhendo o Nível de Terceirização Adequado
Os diferentes níveis de terceirização explicados acima permitem que as empresas escolham a melhor opção para suas necessidades logísticas. A contratação de terceiros pode ser uma forma eficaz de otimizar processos e reduzir custos, mas é importante escolher o nível de terceirização adequado para evitar problemas de coordenação e gestão. A terceirização pode ser uma ferramenta poderosa para melhorar a eficiência e a competitividade das empresas, mas é importante entender os diferentes modelos e escolher o que melhor se adequa às necessidades da empresa.
Fonte: @ Valor Invest Globo