Fabiana Silva completa um ano como ouvidora pública favelada, integrante da sociedade civil, trabalhando em parceria com o defensor-público geral para melhorar transportes e infraestrutura da aldeia de Sapucaia.
A ouvidoria do Rio de Janeiro completou um ano de atividades, sob a liderança de Fabiana Silva, uma ouvidora eleita para o cargo, que já tinha atuado como assistente de dois ouvidores. Nesse período, sua equipe realizou 12.587 atendimentos, um número significativo de contatos com a sociedade.
Como órgão da Defensoria Pública, a ouvidoria desempenha um papel fundamental na garantia de acesso à justiça, fazendo a ponte entre a sociedade e o sistema jurídico. A experiência de Fabiana Silva, como assistente de ouvidores, a preparou para lidar com as demandas e expectativas da população, fortalecendo sua relação com a comunidade e com a defensoria. A ouvidoria é uma ferramenta valiosa para a justiça, pois permite que as pessoas tenham um canal direto para expressar suas preocupações e solicitar ajuda.
Uma figura emblemática na Ouvidoria do Rio de Janeiro
Fabiana Silva, a primeira ouvidora pública negra e favelada do Rio de Janeiro, percorre o estado com frequência, atuando em diferentes cidades, desde Irajá, na zona norte, até Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Sua agenda é intensa, com compromissos em formaturas, lançamentos de projetos e reuniões na Câmara Municipal. Diariamente, ela se envolve em atividades que a aproximam da sociedade civil, contribuindo para a justiça e a igualdade.
A Ouvidoria, um órgão auxiliar da Defensoria Pública
A Ouvidoria é um órgão auxiliar da Defensoria Pública, que serve como uma ponte entre a sociedade civil e o sistema de justiça. Nesse papel, Fabiana Silva reconhece a importância da comunicação constante, pois as ações da Ouvidoria ocorrem ao longo do dia. Ela lidera uma equipe de 21 pessoas e está comprometida em garantir a manutenção e a qualidade do trabalho desenvolvido pela Ouvidoria.
Expectativas e desafios
No primeiro ano de comando da Ouvidoria, Fabiana Silva enfrentou desafios e atuou para fortalecer o acesso à justiça sob a perspectiva de raça e gênero. Ela aproximou-se das comunidades, promoveu editais e atuou diretamente em cidades do interior. A posse do novo defensor-público geral, Paulo Vinicius Cozzolino Abrahão, é um dos pontos-chave que ela monitora, pois isso pode impactar a Ouvidoria e as ações que desenvolve.
A relação com a Defensoria Pública
Embora Fabiana Silva seja eleita e tenha um mandato de dois anos, o orçamento da Ouvidoria depende da Defensoria Pública para pagamento de equipes, material e equipamentos. Por isso, um bom relacionamento com a gestão superior é fundamental para manter e melhorar o trabalho da Ouvidoria.
A trajetória de Fabiana Silva
Fabiana Silva, 42 anos, começou sua jornada na Defensoria Pública do Rio de Janeiro em razão de dois motivos trágicos: a morte do irmão e o encarceramento de outro. Como pedagoga, ela atuou como assistente de dois ouvidores entre 2018 e 2021 e foi eleita como ouvidora em 2023, concorrendo com outra mulher negra e favelada, Márcia Jacinto.
Ação da Ouvidoria na sociedade
Um exemplo dos trabalhos da Ouvidoria é a discussão sobre a utilização de recursos do financiamento do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). A Ouvidoria trabalha em cidades do interior, como Mangaratiba, Sepetiba e Itaboraí, aproximando-se do público e promovendo a justiça e a igualdade.
Fonte: @ Terra