Petrobras em destaque no saldo do dia: Disparada dos papéis da estatal cobriu as perdas. Recomendação de banco impulsionou alta.
A subida das ações da Petrobras foi destaque nesta segunda-feira (26), com um aumento de mais de 9%, impulsionado pelas tensões entre fornecedores no Oriente Médio e uma recomendação favorável do Morgan Stanley. A estatal representa mais de 11% do Ibovespa, sendo uma das principais empresas do índice.
Além de subir significativamente, a Petrobras também viu seu valor de mercado disparar, demonstrando a confiança dos investidores na empresa. Essa valorização reforça a posição da Petrobras como uma das gigantes do mercado financeiro.
Subida da Carteira Teórica com Aumento de Ganhos
Com o auxílio de outras empresas do setor petrolífero e de companhias que comercializam metais, a carteira teórica atingiu seu quarto recorde em agosto em um prazo de sete dias. O Ibovespa teve um avanço de 0,94%, alcançando 136.889 pontos. Ao longo da última semana de agosto, o índice acumulou um ganho de 7,24%. No acumulado do ano, o índice conseguiu reverter as perdas e agora registra um aumento de 2%. O volume financeiro totalizou R$ 16,2 bilhões, ficando abaixo da média diária dos últimos 12 meses, que está em R$ 16,5 bilhões.
Subida do Petróleo e Valorização da Petrobras
A subida acentuada do petróleo não teve origem em motivos nobres. Após um aumento nas tensões no Oriente Médio, a Líbia suspendeu a exportação do produto, gerando um desequilíbrio entre oferta e demanda. O petróleo do tipo Brent, exportado pela Petrobras, disparou mais de 2% apenas nesta segunda-feira. Como resultado, a Petrobras viu seu valor de mercado aumentar em R$ 40 bilhões, impulsionado pela valorização das ações, tanto as preferenciais (PETR4 PN), com preferência na distribuição de dividendos, quanto as ordinárias (PETR3 ON), que conferem direito a voto em assembleias de acionistas.
Impacto nas Empresas de Mineração e Siderurgia
A valorização do minério de ferro impulsionou a Vale, uma das gigantes do Ibovespa, que registrou um avanço superior a 1%, acompanhada por outros papéis do setor de mineração e siderurgia.
Variação Cambial e Expectativas de Juros
O dólar passou por ajustes, com uma leve alta após acumular quase 3% de desvalorização em relação ao real neste mês. A moeda encerrou o dia cotada a R$ 5,49, após um aumento de 0,23%. No entanto, no acumulado do ano, ainda apresenta uma valorização de 13,2%. As expectativas de aumento da taxa básica de juros foram reforçadas pelas declarações do diretor do Banco Central Galípolo. Na curva de contratos futuros, o impacto de uma Selic mais elevada no curto prazo resultou em uma redução nos prêmios de longo prazo.
Impacto nos Contratos Futuros e Riscos Fiscais
As taxas de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2025 subiram de 10,81% para 10,83%, enquanto para janeiro de 2034, passaram de 11,53% para 11,50%. Essas taxas mais longas costumam refletir o chamado ‘risco fiscal’, que avalia a capacidade do governo de manter as contas públicas equilibradas. A movimentação das taxas do Tesouro Direto também foi observada.
Impacto das Decisões do Banco Central
As declarações de Galípolo pela manhã movimentaram o mercado, destacando a postura conservadora e vigilante do BC diante da política monetária, considerando a resiliência e dinamismo da economia nacional. A diferença de cenário entre a economia brasileira e a dos Estados Unidos foi ressaltada, com a economia americana mostrando sinais de desaceleração. O corte de juros nos EUA tem impulsionado a valorização do Ibovespa em agosto, sendo o mês mais próspero da bolsa brasileira até o momento.
Fonte: @ Valor Invest Globo