Receita da empresa cai 15% em R$ 101,9 bilhão; menor vendas, baixo preço de petróleo e diesel, pior finanças, real fracos contra dólar, baixa receita de diesel doméstico e exportações, redução de renda de derivados domésticos, baixo consumo sazonal, maior teor de biodiesel em diesel, perda de gasolina competitividade vs etanol hidratado.
A Petrobras anunciou um lucro líquido atribuído aos acionistas de R$ 23,7 bilhões no primeiro trimestre deste ano, representando uma redução de 37,9% em relação ao mesmo período do ano passado. Apesar da queda, a empresa continua demonstrando sua solidez no mercado.
O resultado financeiro da Petrobras reflete a sua capacidade de se adaptar a diferentes cenários econômicos, mantendo sua posição de destaque no setor. A busca por novas oportunidades de renda tem sido uma estratégia fundamental para a empresa enfrentar os desafios do mercado atual.
Lucro, Petrobras: Anúncio de Dividendos e Resultado Financeiro
A Petrobras divulgou o pagamento de dividendos do 1º trimestre, impactado pelos menores volumes de vendas e pela redução do preço do petróleo e da margem de renda de diesel. O resultado financeiro foi afetado pela desvalorização do real frente ao dólar. A redução das despesas operacionais e do imposto de renda ajudaram a compensar parcialmente esses efeitos, conforme a Petrobras.
A receita líquida da empresa atingiu R$ 117,7 bilhões, representando uma queda de 15,4% em relação ao mesmo período do ano anterior. Em comparação com o quarto trimestre de 2023, houve uma redução de 12,3%. A menor receita com as vendas de diesel no mercado interno e exportações contribuiu significativamente para essa queda, juntamente com a redução da receita com derivados no mercado interno.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (ebitda) ajustado foi de R$ 60 bilhões, uma redução de 17,2% em relação ao primeiro trimestre de 2023. A dívida financeira da Petrobras atingiu US$ 27,7 bilhões em 31 de março deste ano, o menor nível desde 2010. A dívida bruta estava em US$ 61,8 bilhões, mantendo-se dentro da faixa estabelecida no plano estratégico da empresa.
A alavancagem da Petrobras, medida pela dívida líquida sobre o ebitda ajustado nos últimos 12 meses, foi de 0,86 vez no final do primeiro trimestre de 2024, em comparação com 0,85 vez no final de dezembro e 0,58 vez em 31 de março de 2023. A companhia destacou a importância de manter um equilíbrio financeiro em meio à volatilidade do mercado e aos desafios enfrentados, como a competitividade da gasolina em relação ao etanol hidratado.
Fonte: @ Valor Invest Globo