Candidato em terceiro lugar em São Paulo teve laudo pericial que analisou a assinatura, identificando padrões gráficos e dissimilaridades entre elementos de segurança.
Um laudo pericial da Polícia Federal revelou que a assinatura atribuída ao médico José Roberto de Souza, que consta no documento utilizado por Pablo Marçal (PRTB) para atacar Guilherme Boulos (PSOL), é uma falsificação.
De acordo com o laudo, a assinatura apresentada não corresponde ao grafismo característico do médico, indicando que se trata de um manuscrito forjado. A autenticidade da assinatura é fundamental para a validade de qualquer documento. Além disso, a falsificação de assinaturas pode ter consequências legais graves. O caso destaca a importância de verificar a autenticidade de documentos e assinaturas para evitar fraudes e abusos.
Investigação Revela Fraude em Documento com Assinatura de Médico Falecido
Uma investigação recente revelou que um documento que alegava que Boulos teria sido atendido após um suposto surto devido ao uso de cocaína foi desmentido após uma análise detalhada da assinatura do médico, que faleceu em 2022. Os peritos responsáveis pela análise da assinatura presente no laudo compartilhado por Marçal concluíram que a assinatura não foi produzida pela mesma pessoa que forneceu os padrões gráficos do médico.
A análise da assinatura revelou dissimilaridades significativas entre a assinatura questionada e os padrões apresentados, tanto nas formas gráficas quanto em suas gêneses. Além disso, não foram encontradas evidências de que os grafismos tenham sido escritos por uma mesma pessoa. Os peritos afirmaram que as evidências suportam fortemente a hipótese de que os manuscritos questionados não foram produzidos pela mesma pessoa que forneceu os padrões.
Documentos e Registros Questionados
Além disso, os agentes destacaram que o documento não apresentava elementos de segurança e era uma versão digital, o que impossibilita uma análise mais profunda sem outros comparativos. No caso em questão, não se trata de um documento de segurança, além de ter sido apresentado em via digital e não física. A verificação de adulteração ou montagem eletrônica poderá ser realizada por exames específicos que não foram objeto do presente laudo.
A família de José Roberto entrou com uma ação judicial contra Pablo Marçal no último sábado (5). Carla Maria de Oliveira e Souza, filha do médico, pediu que Marçal seja responsabilizado pela fraude, ressaltando que seu pai nunca esteve envolvido em questões políticas ou clínicas ligadas ao laudo falso. Conforme afirmou a filha do médico, em entrevista ao g1, José Roberto de Souza nunca trabalhou na clínica ‘Mais Consultas’, que aparece no documento.
Outra filha de José Roberto, Aline Garcia de Souza, tem a assinatura do pai tatuada, mas a arte é diferente da que aparece no documento. ‘Não entendo como foi cair o nome e CRM do meu pai. Não entendi até porque meu pai não estava ligado em questões políticas, nunca esteve. É descabível usar o nome de quem nem está mais aqui para se defender. Sempre foi uma pessoa íntegra’, ressaltou.
Resposta da Clínica e Consequências
Em resposta à situação, Luiz Teixeira da Silva Junior, sócio da clínica, também negou ter participado da elaboração do documento falso, afirmando que seu nome e o da empresa foram usados sem autorização. O empresário já possui condenação por falsificação de diploma de curso de medicina, e o Instituto de Criminalística de São Paulo já contestou a veracidade do documento. A investigação continua em andamento, e as consequências para os envolvidos ainda não foram determinadas.
Fonte: @ Hugo Gloss