Ministério da Saúde adota tecnologias inovadoras em saúde para controle vetorial e prevenção comunitária, articulando estados, municípios e sociedade civil na rede de saúde.
Na 359ª reunião ordinária do Conselho Nacional de Saúde (CNS), realizada em Brasília, o Ministério da Saúde apresentou o Plano Nacional de Enfrentamento à Dengue e Outras Arboviroses, enfatizando a importância da colaboração entre estados, municípios e a sociedade civil para combater essa doença.
A dengue é uma das principais arboviroses que afetam a população brasileira, e é fundamental que haja uma ação conjunta para prevenir e controlar a disseminação dessa doença. Além disso, é essencial que a população esteja ciente dos riscos e tome medidas preventivas, como eliminar os focos de reprodução do mosquito transmissor. A prevenção é a melhor arma contra a dengue.
Combate à Dengue: Novas Estratégias e Tecnologias
O secretário adjunto de Vigilância em Saúde e Ambiente, Rivaldo Venâncio, anunciou um plano ambicioso para reduzir os casos de dengue e óbitos relacionados à doença. A meta é minimizar as mortes, considerando que tratamentos simples, como a hidratação, ainda não são suficientes para evitar perdas de vidas. Venâncio enfatizou a importância de preparar a rede de saúde com antecedência e garantir o abastecimento de insumos necessários para o enfrentamento à doença.
O plano contempla 6 eixos principais: prevenção, vigilância, controle vetorial, organização da rede assistencial, preparação para emergências e comunicação com participação comunitária. Um dos destaques é o uso de tecnologias inovadoras, como a liberação de mosquitos machos estéreis para controle do Aedes aegypti, além do projeto de ‘estações disseminadoras’, que aplica a larvicida de forma eficiente em áreas periféricas de difícil acesso.
Alerta para o Aumento da Circulação do Sorotipo 3 da Dengue
O secretário também alertou para o aumento da circulação do sorotipo 3 da dengue, especialmente no interior de Minas Gerais e São Paulo, reforçando a importância da vacinação e conscientização da população. ‘Estamos fazendo um apelo para que todas as famílias procurem as unidades de saúde e completem a vacinação’, disse. Além disso, o plano prevê a ampliação das tecnologias de controle em parceria com a Fiocruz, já em implementação em áreas como Niterói, Pernambuco, Santa Catarina e, em 2025, em cerca de 35 cidades.
O Programa Infodengue, com um investimento de R$ 1,5 bilhão, é uma das ferramentas utilizadas para monitorar surtos com base no consumo de medicamentos. A participação da sociedade também será fundamental. A campanha ‘Tem 10 minutinhos? A hora de prevenir é agora’ incentiva a verificação de possíveis focos do mosquito nas residências. O engajamento de agentes comunitários de saúde (ACSs) também será reforçado. ‘O controle da dengue não pode se limitar ao sistema de saúde. É uma questão que envolve diversas áreas do governo e a mobilização de todos os brasileiros’, concluiu o secretário. Edjalma Borges, do Ministério da Saúde, destaca a importância da prevenção e do controle das arboviroses, como a dengue, para garantir a saúde pública.
Fonte: @ Ministério da Saúde
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