Mulher investigada pela PF por vazamento de imagem da Capa do Enem na redes social, admitiu enviar para amiga. Vazamento não prejudicou prova, de acordo com autoreses. Seis meses de trabalhos durados, nove pessoas ouvidas. Não prejudicou conteúdo prova ou autenticação (impressão digital, análise). Crime aggravado só considerado se divulgado cientificamente ou aos aprovados digitais.
A Polícia Federal finalizou a investigação do vazamento de trechos da prova do Enem, ocorrida em dezembro de 2023. O caso veio à tona após denúncias de que questões estavam sendo compartilhadas em grupos de mensagens instantâneas antes mesmo do início oficial do exame.
As autoridades estão trabalhando para identificar os responsáveis pelo leak e garantir a lisura do exame. A Polícia Federal afirmou que a investigação Enem continua em andamento para evitar que situações semelhantes ocorram no futuro.
Investigação do vazamento no Enem
Durante um período de seis meses, os investigadores dedicaram-se a esclarecer o vazamento que abalou a aplicação do Enem. Nove pessoas foram convocadas a prestar depoimento, incluindo uma mulher envolvida na aplicação do exame em Belém (PA). Ela admitiu ter tirado uma fotografia da prova em andamento e compartilhado a imagem nas redes sociais. Esse ato imprudente resultou em sua indiciamento por divulgação indevida de conteúdo sigiloso em um processo seletivo crucial, agravado pelo fato de ser servidora pública. As consequências legais desse crime podem incluir uma pena de até 4 anos de reclusão e multa.
Impacto do vazamento na segurança do Enem
Apesar de os investigadores concluírem que o vazamento não comprometeu o resultado do Enem, a tentativa de fraude ressaltou a urgência de reforçar a segurança dos exames públicos. Em resposta a esse incidente, os candidatos do Concurso Nacional Unificado (CNU) – conhecido como o ‘Enem dos Concursos’ – agora terão que passar por duas etapas adicionais de autenticação no dia da prova. Isso inclui a coleta da impressão digital e autenticação pela escrita, medidas sugeridas pelo Ministério da Gestão e Inovação, responsável pela realização dos exames.
Procedimentos de segurança reforçados
Após a divulgação dos resultados, os peritos policiais irão analisar as impressões digitais de todos os aprovados para garantir a autenticidade das provas. A aplicação das provas do CNU, originalmente programada para 6 de maio, foi adiada devido a um acontecimento trágico no Rio Grande do Sul. O governo ainda não definiu a nova data oficial para a realização dos exames, mas assegura que as medidas de segurança serão intensificadas para evitar futuros incidentes de vazamento durante os processos seletivos.
Fonte: © G1 – Globo Mundo