Alunos brasileiros ficaram estagnados em avaliações internacionais recentes, caminho para garantir desempenho sem piorar na pandemia.
É comum perceber que diversas famílias no Brasil optam por matricular seus filhos em escolas particulares em busca de uma educação de maior qualidade. No entanto, é importante destacar que, às vezes, a escolha por escolas particulares não garante necessariamente um ensino mais eficaz. As recentes avaliações internacionais reforçaram que o desempenho das instituições privadas no país não está alcançando os patamares desejados.
Além disso, é relevante considerar que os colégios particulares precisam estar atentos às demandas atuais da educação para promover um ensino mais eficiente. As instituições privadas devem buscar constantemente inovações e metodologias que incentivem o aprendizado dos alunos, visando sempre a excelência educacional.*
Caminho para garantir qualidade: O papel das escolas particulares
Os números revelados pelas avaliações internacionais recentes do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) apontam que, mesmo diante dos desafios impostos pela pandemia, as instituições privadas no Brasil conseguiram manter suas notas em matemática, leitura e ciências sem piorar. No entanto, os colégios particulares no país ainda enfrentam o desafio de elevar o desempenho dos alunos brasileiros, que permaneceram estagnados em níveis de aprendizado insuficientes e abaixo da média internacional.
As análises do Pisa em 2022 revelaram um desempenho abaixo da média em todos os estratos de renda, inclusive nas escolas particulares. Mesmo os alunos mais abastados e os estabelecimentos privados não atingiram a média estabelecida pela OCDE. Isso levanta questões sobre a relação entre investimento financeiro na educação e a qualidade do ensino oferecido. Será que pagar por uma educação privada é realmente um caminho infalível para garantir excelência acadêmica?
Ao observar os resultados do Pisa, percebe-se que as escolas particulares no Brasil obtiveram 456 pontos em matemática, superando a média nacional, porém ainda abaixo da média internacional. Mesmo os alunos provenientes de famílias mais abastadas não alcançaram os patamares educacionais de países como Turquia e Vietnã, que ultrapassaram os 500 pontos.
A pandemia certamente teve um impacto significativo no cenário educacional, afetando tanto as instituições privadas quanto as públicas. Diante disso, embora as escolas particulares representem uma parcela menor da educação básica no Brasil, sua importância não pode ser subestimada. No entanto, a falta de estudos acadêmicos aprofundados sobre a qualidade do ensino privado indica a necessidade de ampliar a análise nesse campo.
O pesquisador Ocimar Munhoz Alavarse, especialista em educação e análise de dados educacionais, destaca a importância de interpretar as estatísticas do Pisa e de outras avaliações para compreender os desafios enfrentados pelas escolas, tanto públicas quanto privadas. Em um contexto em que as escolas particulares buscam se destacar e garantir um ensino de qualidade, a análise crítica e a identificação de áreas de melhoria são essenciais para impulsionar o sistema educacional no país.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
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