Pressão de Paes sobre Caixa gera impasse financeiro, mas clube confia que não chegará a medida legal. Justiça exige pagamento.
A torcida do Flamengo foi dormir na noite de segunda-feira com a sensação de que o tão sonhado estádio está cada vez mais perto. Diante do impasse financeiro clube entre o clube e a Caixa Econômica Federal pelo terreno do Gasômetro, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, não descartou a possibilidade de desapropriação da área (veja no vídeo abaixo).
Com a discussão sobre a desapropriação ganhando destaque, a expectativa dos torcedores rubro-negros aumenta. A expropriação do terreno pode ser a solução para viabilizar a construção do novo estádio, trazendo ainda mais emoção para a torcida apaixonada.
Paes se reúne com Landim e afirma que pode desapropriar terreno para estádio do Flamengo
A possibilidade de desapropriação de terreno privado pelo Poder Executivo levanta questões sobre os limites legais e o interesse público envolvido. A desapropriação, embora prevista na Constituição, requer uma análise criteriosa dos requisitos legais, incluindo o pagamento de indenização justa. No caso em questão, a prefeitura já desapropriou parte do terreno pertencente a um fundo de investimento gerenciado pela Caixa.
Para a construção do terminal rodoviário Gentileza, foram desapropriadas três áreas na região, cada uma com sua história: uma antiga cervejaria, uma fábrica de velas e parte do terreno da Caixa. O total desapropriado foi de 77.000 m², resultando em um processo de indenização no valor de R$ 40,8 milhões para o fundo de investimento. No entanto, o fundo entrou com uma ação na Justiça exigindo receber mais R$ 12,9 milhões, gerando um impasse financeiro.
Valor que Flamengo topa por metro quadrado é maior que a Caixa cobra da prefeitura na Justiça
O Flamengo demonstra interesse em adquirir os cerca de 87 mil metros quadrados restantes do terreno, oferecendo até R$ 250 milhões, um valor superior à avaliação da Fipe em 2022, que estimou a área em R$ 236 milhões. Mesmo com a correção para 2024 pelo INCC, o valor ficaria em torno de R$ 246 milhões. Por outro lado, a Caixa acredita que a região se valorizou e estima que o terreno valha cerca de R$ 400 milhões, criando um impasse nas negociações.
Apesar de se tratar de uma propriedade privada, a desapropriação do terreno para a construção do estádio do Flamengo é justificada pelo suposto ‘interesse público’ envolvido. Internamente, no clube, a expectativa é de que um acordo seja alcançado com a Caixa, que deve definir o preço de venda até o final da semana, evitando assim uma medida legal de desapropriação.
O projeto do estádio próprio do Flamengo reflete uma abordagem arquitetônica distinta, inspirada no Santiago Bernabéu, do Real Madrid. Com capacidade para 80 mil pessoas em um espaço reduzido, o projeto prevê uma construção vertical e inovadora, diferenciando-se do Maracanã. O presidente do clube, Rodolfo Landim, descreveu o projeto como uma oportunidade para criar uma grande praça com restaurantes e telões, ampliando a experiência dos torcedores.
Fonte: © GE – Globo Esportes
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