Paralisação indefinida; servidores solicitam 22,71% de reajuste salarial, presidente da ADUnB.propõe aumento em assembleia.
Na próxima segunda-feira (15), os professores da Universidade de Brasília (UnB) iniciarão uma greve em protesto pelo reajuste salarial, conforme decidido em assembleia-geral convocada pela Associação dos Docentes da UnB (ADUnB) no dia 8. A classe docente se mobilizou e aprovou por unanimidade a greve como forma de pressionar a administração da universidade.
Essa paralisação é uma forma legítima de reivindicar melhores condições de trabalho e reconhecimento profissional. Os docentes estão unidos em prol de seus direitos, e esperam que a greve tenha impacto e gere um diálogo construtivo com a gestão da UnB. A luta por um reajuste salarial justo é fundamental para garantir a qualidade do ensino e a valorização dos educadores.
Conflito na Universidade de Brasília: Greve dos Docentes em Pauta
Os professores da Universidade de Brasília (UnB) decidiram em uma assembleia-geral convocada cruzar os braços em uma greve, com um placar de votos que refletiu a divisão de opiniões: 257 a favor e 213 contra a paralisação. A presidente da Associação dos Docentes da UnB (ADUnB), Eliene Novaes, destacou que os profissionais que optarem por não aderir à greve terão a opção de continuar com suas atividades, porém a expectativa é que a maioria dos docentes se una à paralisação.
Em meio ao impasse, a questão central envolvendo a greve dos professores é o reajuste salarial dos docentes, com uma demanda de 22,71% de aumento, proposta a ser implementada em três parcelas anuais até 2026. Além disso, os docentes reivindicam melhores condições de trabalho, reestruturação das carreiras tanto docente quanto técnico-administrativa, e a revogação de medidas normativas adotadas em gestões anteriores.
É importante destacar que em dezembro de 2023, o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) apresentou uma contraproposta de reajuste salarial de 9% aos servidores, dividido em duas partes, a serem pagas em 2025 e 2026. Essa proposta incluiu o reajuste de auxílios como alimentação, saúde e creche, embora não englobe aposentados e pensionistas. Contudo, os docentes recusaram essa oferta, aguardando uma nova proposta que será apresentada pelo Governo na quarta-feira (10).
Enquanto os docentes debatem as questões salariais, os servidores técnico-administrativos da UnB já estão em greve desde 11 de março. Mesmo com a paralisação em curso, a prestação dos serviços essenciais garantidos por lei está sendo mantida. A universidade, por sua vez, tem acompanhado de perto as demandas dos servidores junto ao governo federal, demonstrando o respeito e a valorização tanto dos docentes quanto dos técnicos-administrativos que desempenham um papel fundamental na instituição.
Nesse contexto tenso de negociações e paralisações, a UnB segue buscando a melhor forma de atender às demandas de sua equipe, garantindo a continuidade das atividades acadêmicas com qualidade e excelência. O desfecho das negociações e a resolução do impasse em relação ao reajuste salarial dos docentes serão decisivos para o retorno à normalidade na universidade.
Fonte: © CNN Brasil