Decisão bloqueia o aplicativo para todos os usuários no país como parte de um plano do governo para tornar as escolas mais seguras, após adolescente ser morto por colega em decorrência de discussão que iniciou-se nas redes sociais.
A partir de 2025, a Albânia implementará uma proibição ao uso do TikTok, por um período de um ano. Essa medida surge como resposta a um trágico incidente ocorrido em novembro, no qual um estudante de 14 anos foi esfaqueado até a morte por um colega. De acordo com a imprensa local, o conflito teve origem em discussões realizadas pelas redes sociais.
Essa decisão se enquadra em um plano mais amplo do governo albanês visando melhorar a segurança nas escolas. Além da proibição ao TikTok, outras medidas incluem a implementação de restrições mais rígidas ao uso de dispositivos móveis durante as aulas e a intensificação da supervisão de atividades online entre os estudantes. A expectativa é que essas ações contribuam para um ambiente escolar mais seguro e menos propenso a conflitos.
A Albânia anuncia proibição do TikTok por um ano
A Albânia anunciou que vai proibir o TikTok por um ano no país após o assassinato de um adolescente em novembro ter levantado debates sobre a influência das mídias sociais na vida das crianças. A proibição, que é parte de um plano mais amplo para tornar as escolas mais seguras nesse país europeu, entrará em vigor no início de 2025, segundo o primeiro-ministro, Edi Rama. Ele participou de uma reunião com grupos de pais e professores da Albânia. ‘Por um ano, fecharemos completamente para todos. Não haverá TikTok na Albânia’, anunciou.
A decisão ocorre após um incidente fatal
A decisão ocorre após um estudante de 14 anos ter sido esfaqueado até a morte por um colega, em novembro. A imprensa local noticiou que o incidente foi reflexo de discussões entre eles nas redes sociais. Foram publicados vídeos de menores apoiando o homicídio no TikTok. ‘O problema hoje não são nossos filhos, o problema hoje somos nós, o problema hoje é nossa sociedade, o problema hoje é o TikTok e todos os outros que estão fazendo nossos filhos de reféns’, disse Rama.
Culpando as mídias sociais
Rama culpou as mídias sociais — e o TikTok em particular — por alimentar a violência entre os jovens dentro e fora da escola. O TikTok não comentou sobre a decisão. Diversos países europeus — incluindo França, Alemanha e Bélgica — impuseram restrições ao uso de mídias sociais por crianças.
Regulações em outros países
A Austrália aprovou, em novembro, uma proibição completa de mídias sociais para menores de 16 anos, estabelecendo uma das regulações mais rígidas do mundo visando as Big Techs. Com a proibição, plataformas como TikTok, Facebook, Snapchat, Reddit, X e Instagram se tornarão responsáveis por multas de até 50 milhões de dólares australianos (R$ 194 milhões) por falhas sistêmicas em impedir que crianças menores de 16 anos tenham contas.
Processo contra o TikTok
No começo de novembro, um grupo de sete famílias na França processou o TikTok, alegando que o aplicativo de vídeos curtos promove suicídio, automutilação e distúrbios alimentares aos jovens.
Mudanças para crianças e adolescentes
No final de novembro, o TikTok anunciou o bloqueio de filtros de beleza para menores de 16 anos com o objetivo de reduzir o impacto mental e social em crianças e adolescentes. A restrição do aplicativo vem depois de uma pesquisa feita em vários mercados nacionais para examinar o papel das redes sociais na formação da identidade e do relacionamento dos adolescentes. Outra mudança é que a empresa afirmou que dará mais atenção ao banimento de usuários com menos de 13 anos (idade mínima permitida para usar a plataforma).
Fonte: © G1 – Tecnologia