O ex-promotor Thales Schoedl será julgado pelo Tribunal do Júri em Bertioga, SP, após decisão liminar no STF.
Acusado de assassinar um aluno e ferir outro em 2004, em um centro comercial em frente à praia em Bertioga (SP), o ex-promotor de Justiça Thales Ferri Schoedl passará por julgamento pelo Tribunal do Júri nesta segunda-feira (3/6).
O julgamento de Thales Ferri Schoedl pelo Tribunal do Júri é aguardado com grande expectativa pela comunidade local, que busca por justiça e esclarecimento dos fatos ocorridos naquele trágico dia de 2004. A imparcialidade dos jurados e a análise criteriosa das provas apresentadas serão fundamentais para o desfecho deste importante julgamento.
Julgamento no Tribunal de Justiça de São Paulo
Thales Ferri Schoedl, em um episódio marcado por desentendimento em Bertioga (SP), foi acusado de atirar em duas pessoas. O incidente ocorreu quando Schoedl foi buscar sua namorada e se envolveu em uma discussão com um grupo de jovens. A defesa alega que a namorada do réu foi vítima de importunação sexual, e que ele agiu em legítima defesa.
Julgamento no Supremo Tribunal Federal
Na época do ocorrido, Schoedl estava em período probatório no Ministério Público. Após ser absolvido pelo Órgão Especial do Tribunal de Justiça de São Paulo em novembro de 2008, a decisão foi anulada pelo ministro Dias Toffoli, do STF. Isso se deu porque, no momento do julgamento, Schoedl não fazia mais parte do Ministério Público, perdendo assim o direito ao foro de prerrogativa de função no TJ-SP.
Julgamento no Fórum Criminal de Bertioga
O réu não foi vitaliciado devido a uma decisão do Conselho Nacional do Ministério Público. Mesmo obtendo uma liminar no STF para permanecer no cargo, essa decisão foi revogada pela 2ª Turma do STF. A defesa de Thales Ferri Schoedl, representada pelo advogado Fernando Cesar de Oliveira Faria, expressou confiança de que a Justiça prevalecerá no caso.
Julgamento da Legítima Defesa
Os advogados de defesa esclareceram que Schoedl foi absolvido por unanimidade pelo Tribunal de Justiça de São Paulo devido à legítima defesa, não por ser Promotor de Justiça ou por ter seu julgamento em um Tribunal de segundo grau. O incidente ocorreu em frente a um shopping, longe da praia, e as evidências mostram que a turma de jovens era numerosa e de alta estatura.
A defesa argumenta que, diante de uma agressão injusta, Schoedl disparou em advertência e somente atingiu os agressores quando não tinha mais opções de defesa. Os disparos não foram motivados pela importunação sexual sofrida por sua namorada, mas sim pela necessidade de autodefesa em um momento crítico. A confiança na justiça é mantida por Thales Ferri Schoedl, que aguarda o julgamento no Fórum Criminal de Bertioga.
Fonte: © Conjur