Queda de preços para materiais recicláveis em Belo Horizonte: Ancat levantou queda de 390mt no preço médio do quilo de PET, papelão, papel branco, garrafas PET, latas (Abal) no Mercado Mineiro; Indústria do plástico, Recicla e Terra também afetada.
Preços dos materiais recicláveis estão em constante mudança no mercado. A valorização do quilo do papelão, por exemplo, pode variar de acordo com a demanda e oferta. Com a preocupação crescente com a sustentabilidade, a reciclagem se tornou uma atividade essencial para a preservação do meio ambiente. No entanto, a valor de venda desses materiais pode oscilar, impactando diretamente a renda dos catadores.
Para os profissionais que dependem do preço unitário dos materiais recicláveis para sua subsistência, a instabilidade no mercado pode representar um desafio diário. É fundamental buscar alternativas e parcerias para garantir uma renda justa e digna. A conscientização da população sobre a importância da reciclagem pode contribuir para a valorização dos resíduos e, consequentemente, para a melhoria das condições de trabalho dos catadores.
Preços de Materiais Recicláveis na Região Metropolitana de Belo Horizonte
De acordo com um levantamento recente realizado pelo Mercado Mineiro, entre os dias 29 de fevereiro e 1º de março, foi constatado que o valor do quilo de latinha de alumínio vazia varia entre R$ 4,50 e R$ 6,20 em 21 estabelecimentos da Região Metropolitana de Belo Horizonte. Para atingir o salário mínimo, os catadores precisam coletar 259 quilos de latinhas ou 19.440 unidades, levando em consideração o valor médio de R$ 5,45.
Variação de Preços de Materiais Recicláveis
Segundo a pesquisa, os valores dos materiais recicláveis sofreram uma queda significativa de até 79,3% em 2024. O preço médio do quilo da latinha teve uma redução de 15,3%, passando de R$ 6,43 para R$ 5,45. Em contrapartida, em São Paulo, o valor médio do quilo da latinha de alumínio é de R$ 5, conforme levantamento realizado pelo Terra.
Desvalorização de Outros Materiais Recicláveis
Além das latinhas, outros materiais também apresentaram desvalorização acentuada, como a garrafa PET e o papel. No caso da garrafa PET, é necessário coletar 1.155 kg para alcançar o salário mínimo, considerando o preço médio de R$ 1,22 por quilo. No ano anterior, o valor era de R$ 2,18. Já na coleta de papelão, os catadores precisam catar 8.199 kg, sendo que o papel branco registrou uma queda de 78,5%, passando de R$ 0,64 para R$ 0,14 por quilo.
Reciclagem e Reaproveitamento de Materiais
O Brasil é reconhecido mundialmente pelo potencial de reciclagem das latinhas, atingindo uma marca histórica em 2022. No ano mencionado, o país reciclou 390 mil toneladas, equivalente à produção de 389 mil toneladas de latas, de acordo com dados da Recicla Latas e da Associação Brasileira do Alumínio (Abal).
Fonte: @ Terra
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